Intensidade. A palavra-chave de Mancini para derrotar o estrategista Ariel Holan na Vila Belmiro foi bastante verdadeira no retrato da partida, principalmente sem a bola. E até mesmo quem teve poucas oportunidades com a redonda no pé foi bastante útil na leitura do jogo.
O nó tático
O centroavante Cauê foi um pouco tímido quando teve oportunidades claras, embora seu único chute por pouco não transformou o triunfo corinthiano em goleada. Mas se mostrou bastante ativo e intenso na compreensão da marcação alta de Mancini na saída do Santos.
Ariel Holan, que planejava uma saída com Luiz Felipe e Sandro pelas pontas, foi anulado pelos embates com João Vitor e Piton exatamente porque Cauê soube entender o jogo, mesmo sem conseguir contribuir tecnicamente. O mapa de calor do atleta no SofaScore revelou o atleta em várias regiões próximas da área de Vladimir.
Com a saída pressionada e sofrendo com os contra-ataques causados pelas bolas “rifadas” pela cobertura de Cauê na defesa, o Santos perdeu o zagueiro Wellington Tim expulso ainda no primeiro tempo, ficando sem criatividade na saída.
O camisa 17 obrigou o goleiro santista a quebrar a bola várias vezes justamente na região onde a pressão do time da Neo Química Arena era mais eficaz. Exatamente o erro cometido por Mancini quando o Timão atua com Jô. Sem mobilidade, o herói de 2017 não consegue manter a intensidade de forçar o erro do goleiro adversário quando o time de Mancini não tem a posse.
Essa pressão na quebra de Vladimir também funcionou bem com Gabriel Pereira, quase resultando em outro gol. A inteligência de um jogo tático, de pressão sem estar com a bola no pé será muito importante quinta-feira na partida contra o Peñarol. Que tem um estilo de jogo extremamente físico implementado por Larriera. Mais que letal, o Timão necessita ser cerebral. Nem sempre se brilha com a bola no pé.
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