Foi uma noite de façanhas para o River Plate na Libertadores da América. A equipe argentina venceu o Santa Fe em Buenos Aires por 2×1 com o volante Enzo Perez no gol, por conta de um surto de COVID-19. A equipe argentina perdeu literalmente todos os goleiros inscritos na competição e precisou improvisar um volante no gol. E venceu.
O Corinthians, em sua história recente, nunca viveu nada parecido (exceto Aristides, em 1917, ainda na época do amadorismo, que se alternava como goleiro e como ponta, segundo o Almanaque do Timão). Mas a façanha do River Plate fez os corinthianos relembrarem do atacante Paulo Sérgio e do lateral Elias, ambos em 1993, que precisaram passar por alguns minutos a mesma dor de cabeça do volante do River.
Com as frequentes expulsões de Ronaldo Giovanelli, era comum atletas da linha irem para o gol. Vale lembrar que na época, apenas duas substituições eram permitidas. Mas dois clássicos marcaram cenas parecidas com a de Enzo Perez nesta quarta. Em 1993, no Pacaembu, Ronaldo foi expulso contra o São Paulo. Já com as substituições feitas, Paulo Sérgio foi para o gol. Fez boas defesas, mas levou um gol de falta e de pênalti, não conseguindo evitar uma derrota por 3×0 para o forte time do São Paulo de Telê Santana.
Melhor sorte teve o lateral Elias. Também em 1993, desta vez pelo Brasileiro daquele ano, contra o Santos, no Morumbi, na última rodada do Quadrangular Final, que decidia quem iria para a Final contra o Palmeiras. Ronaldo mais uma vez foi expulso e o Timão ficou sem substituições. O lateral-esquerdo Elias foi para o gol, e passou ileso. O Timão venceu por 2×1 (o gol santista foi marcado ainda com Ronaldo no gol). Lamentavelmente o Timão não avançou pois o Vitória bateu o Flamengo e se garantiu na Final. Mas os clássicos em situações heroicas similares a de Enzo Perez ainda estão vivos na memória do corinthiano mais old school.
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