Após conquista do tricampeonato do Brasileirão Feminino no último domingo (26) em cima do arquirrival Palmeiras, Tamires, a capitão do título, foi entrevistada no programa Seleção SporTV nesta segunda-feira (27).
Jogadora do Corinthians e da seleção brasileira, Tamires falou sobre a conquista do Brasileiro, o momento do Timão. Além disso, a capitã do Alvinegro também falou sobre a modalidade futebol feminino no Brasil.
A entrevista
Sobre o Tri, a lateral esquerda multifuncional disse o seguinte:
“Contando um pouquinho dessa grandiosidade que é representar esse clube tão grande como o Corinthians, ser campeã brasileira, estar vivendo esse momento incrível que o futebol feminino está vivendo no Brasil. Então, acho que quando eu olhar pra trás e lembrar de tudo que foi construído, de como a gente começou e de tudo que a gente conquistou e deixar todo esse legado para as meninas novas que estão vindo. Com muito mais estrutura, com muito mais valorização, com muito mais visibilidade. Então, a gente só tem que realmente ficar orgulhosas de tudo que estamos construindo com essa solidez com que estamos fazendo tudo isso. Ontem foi mais uma noite incrível em que eu pude estar presente, vivendo ali presencialmente e vou sim olhar pra trás com muita gratidão de tudo que eu tenho vivido e conquistado no futebol”.
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Sobre o futebol feminino
Logo depois, foi pedido para a capitã do Corinthians, que já atuou por quatro anos na Dinamarca, para que comparasse o futebol feminino na Europa e no Brasil. Dessa forma, Tamires respondeu:
“Sobre o futebol europeu em si, eu acho que sim, a gente tem alguns passos a dar pra que a gente possa alcançar essa questão tática essa questão física que alguns países se destoam na questão do mais alto nível. Eu diria que a Inglaterra, a França. A Dinamarca, eu acho que está também nesse processo de crescimento e desenvolvimento da modalidade no país. Fiquei quatro anos lá e foi um aprendizado muito grande sim. Acho que a mentalidade deles me trouxe muitos aprendizados no sentido de as atletas saberem se cuidar diariamente. Não tinha ninguém no pé. A comissão técnica também totalmente preparada para nos auxiliar. Mas eu acho que essa mentalidade de você atleta ter que saber o que você tem que fazer diariamente, no caso de ir pra academia. Então a gente se apresentava nos treinos e todo mundo dava o seu melhor.
Eu acho que o futebol feminino no Brasil também está crescendo. O departamento de futebol feminino do Corinthians se tornou referência, acho que é por isso que o Corinthians consegue se manter. Já é a quinta final consecutiva que o Corinthians consegue estar chegando. Isso é muito trabalho. O Arthur e toda sua comissão fazem um trabalho gigantesco. Acho que o Corinthians não deve nada para os times da Europa. Diariamente a gente tem todo o controle físico, todo o controle tático, análise de desempenho. Isso faz com que a gente dentro de campo consiga jogar um futebol com muita intensidade e estamos demonstrando dentro de campo e sendo referência cada dia mais”.
Sobre o Derby
Em seguida, Tamires falou sobre o quanto o fato de ter um clássico mexeu com a rotina do time do Corinthians Feminino:
“Mexeu sim com a rotina da gente. A Ferrinha não é um time considerado talvez de camisa no futebol masculino, mas tem muita história no futebol feminino. Então quando a gente joga contra elas também é um clássico em que a gente tem que estar muito concentrada. A Ferrinha também faz e fez um excelente trabalho durante anos. Só que jogar um Derby estando em São Paulo em uma final de Brasileiro, isso envolve muita coisa. Envolve a rivalidade das torcidas, então foi ainda mais motivador pra gente.
Diariamente a gente está preparada para enfrentar qualquer adversário que a gente enfrentar. Acho que mexe nesse lado mais emocional de querer ganhar pra torcida, querer ganhar pra mostrar nosso valor sim. E ganhar do Palmeiras por toda essa rivalidade deixa um gostinho ainda melhor. Mas o Corinthians, como eu disse, está sempre preparado para levantar taças, pra erguer títulos e ser referência para o futebol feminino não só no Brasil, mas no mundo”.
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