A paciência da torcida com Sylvinho está cada vez menor, assim como a paciência dele aparenta estar menor com algumas críticas que recebe. Com um pênalti bastante questionável, o Corinthians venceu a primeira partida do ano. É também a primeira vitória fora de casa depois de 9 insucessos longe da Neo Química Arena no Brasileirão passado – sim, o clube ficou um turno inteiro sem vencer fora de casa.
Falta ofensividade, Sylvinho?
Ao ser perguntado sobre a falta de ofensividade diante de um clube como o Santo André, o treinador não gostou da pergunta e discordou da análise.
“É interessante, você faz uma pergunta para eu analisar, mas tem uma análise. Eu discordo da tua análise. Bastante pobre, inclusive. Por isso que são boas as réplicas e tréplicas. Quando jogamos com Gabriel Pereira de meia e Gustavo Mosquito aberto, não sei se viu isso, o time é muito ofensivo. O primeiro tempo teve 60% de posse de bola, chances de gols e boas chances de liquidar o jogo. Em boa parte do primeiro tempo, nosso adversário jogou em linha baixa, e nós dentro do campo do adversário”.
A equipe corinthiana de fato entrou com vários jogadores ofensivos, entretanto não conseguiu traduzir isso pra efetividade dentro de campo. Mesmo que Sylvinho tenha ficado descontente com a análise, não deu para enxergar ofensividade alvinegra durante a partida. Há muitos jogadores de frente, mas não há jogadas ensaiadas, não há evolução na maneira que a equipe joga.
“Quando não define o jogo, tem maiores dificuldades. O adversário não tem o que perder, se lança. Ele joga, os laterais avançam, os externos ficam para dentro, faz sete ou oito no meio de campo. Enquanto não define o jogo, ele está ali, e infelizmente foi o que aconteceu. O time foi ofensivo, os números mostram. Quando vê o jogo inteiro, está repartido bem, mas para nós com posse de bola e condições de vencer o jogo. Se tem um time que era para vencer o jogo, sem nenhuma dúvida era o Corinthians”.
Vitória fora de casa depois de tanto tempo
O técnico destacou a importância do resultado positivo fora de casa. Ficar um turno inteiro sem vencer longe da Neo Química Arena no Brasileirão foi um dos motivos que fez a torcida ficar cada vez mais descontente com o comando do clube. E fica difícil de questionar a irritação dos adeptos pois é complicado negar a falta de ofensividade, de vontade de ganhar em partidas longe de Itaquera.
“É importante ganhar, independentemente de ser em casa ou fora. Acredito que você esteja relacionando a pergunta pelo final do Campeonato Brasileiro. Mas sim, podemos falar da continuação do trabalho. Tivemos dificuldade em ganhar alguns jogos fora. É importante vencer. O Campeonato Paulista é difícil. Tive a felicidade de ganhar três vezes, muito duro, difícil, competitivo, equilibrado. No começo, é mais difícil ainda, porque alguns times tiveram um período maior de preparação. Muitas vezes tem calor excessivo. Ganhar dá confiança, os três pontos são muito importantes para nós”.
Veja mais notícias do Timão:
+ Pressão da torcida não incomoda Sylvinho
+ Próximo jogo
Quando Paulinho estará entre os titulares?
Mesmo sem fazer um bom jogo quando entrou, é esperado que Paulinho comece a figurar entre os titulares em breve. Sylvinho explicou o porquê de isso ainda não ter acontecido.
“Conversamos nos últimos dois dias, o atleta não se sente confortável para iniciar o jogo, está no período de construção de carga. Temos de respeitar. Existe conversa com atleta, trabalho com outras áreas do clube. Temos de apressar, sim. É o futebol, as pessoas querem ver os grandes atletas em campo, mas temos de respeitar etapas. O Paulinho não sinalizou entrar jogando. Quando ele entra no lugar do Gustavo, não entra fora de posição, ele entra por dentro.
O Gabriel Pereira está jogando de meia, ele vai fazer o lugar do Gustavo, que normalmente joga só um, e o Paulinho, Giuliano e Renato por dentro. Éramos um time bem ofensivo, com dois externos. Quando optamos pela saída do Gustavo, o GP vai para o lado direito e o Paulinho entra na função dele, segundo homem de meio de campo e chegada dentro da área. Não foi fácil ele encontrar espaços, foi de menos a mais, precisa adquirir sua condição”.