Jorge Jesus, Vitor Pereira, Paulo Fonseca, Rui Vitória, Luis Castro, Nuno Espírito Santo, José Mourinho, André Villas-Boas, Leonardo Jardim, Abel Ferreira, Paulo Sousa, Carlos Carvalhal. Nomes que certamente o torcedor corinthiano já ouviu ou já viu o Corinthians enfrentar nos últimos anos.
Uma nova escola, de um novo estilo, onde na sua maioria, técnicos propositivos num momento glorioso do Futebol Português, Campeão da Euro 2016 e da Liga Europeia de Nações 2019, com bons atletas espalhados pelo mundo inspirados por Cristiano Ronaldo e Figo. Sai a velha escola de futebol força de Jesualdo Ferreira (recentemente no Santos), Carlos Queiroz (recentemente na Seleção Portuguesa) e Artur Jorge e entra a nova “sala de aula” do Futebol Lusitano dos últimos dez anos.
Contudo dois nomes deste grupo começam a ganhar força no Corinthians: Paulo Fonseca e Vitor Pereira. Com um pensamento similar de posse de bola no campo do adversário, no melhor estilo holandês de tempos áureos de Van Gaal e Cruyjff, Fonseca e Vitor tem trajetórias similares. Ambos bastante vencedores em Ligas distintas e a busca incansável pelo gol. E pelo próximo gol. E pelo terceiro. Nunca cessa.
Paulo Fonseca
Paulo Fonseca, com um futebol de bastante força na aproximação de laterais e pontas, tem como o auge de sua carreira as passagens por Roma, Porto, Shakhtar Donetsk e pelo Braga, neste conseguindo a façanha de furar os três gigantes (Porto, Benfica e Sporting) e sair Campeão em Portugal por um clube mais modesto como o Braga.
Além do fato de ter a tradição de bater grandes técnicos quando o embate acontece. Paulo Fonseca pode até não bater Campeão por treinar clubes mais modestos em suas Ligas. Mas quando o duelo é com treinadores de renome, é bem normal o português vencer. Na Roma, foram 101 jogos, com 53 vitórias, 20 empates e 28 derrotas. Já no Shakhtar Donestsk, 139 jogos, com 104 vitórias, 17 empates e 18 vitórias, além de sete títulos. Já no modesto Braga, por exemplo, 57 jogos, 30 vitórias, 14 empates e 13 derrotas com a inesquecível Taça da Liga de Portugal, equivalente a nossa Copa do Brasil.
Folclórico e com grande comunhão com o torcedor (até por comandar clubes de massa), ficou famoso na Europa por se vestir de Zorro numa coletiva de classificação do Shakhtar Donestsk na UEFA Champions League. Seu esquema favorito é o 3-4-2-1, mas podendo alternar para linhas de 4 também.
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Vitor Pereira
Vitor Pereira não muda muito do compatriota. Ávido por gol e pelo estudo das chamadas táticas individuais (movimento corporal de cada jogador à favor do esquema), foi Campeão Português invicto pelo Porto, e ficou famoso numa cena onde se torna Campeão nos acréscimos contra o Benfica deixando Jorge Jesus de joelhos, num gol do ex-palmeirense Kelvin.
Vitor, apesar de português, traz um DNA do Futebol Holandês, de Van Gaal e Cruyjff, com um 3-4-3 extremamente ofensivo no campo do adversário. Preza por roubar a bola na primeira pressão para evitar que ela chegue no terço defensivo do campo. Com títulos e passagens pelo Porto, Fenerbahçe da Turquia, pelo Olympiacos da Grécia (onde foi Campeão Nacional) e pelo Shangai SIPG da China.
Ao todo foram 444 jogos, 253 vitórias, 103 empates e 88 derrotas na somatória de suas passagens, segundo o SofaScore. Pilhado, grita com atletas, jornalistas e até com torcedores que o irritam. Sempre em busca da melhora. Ambos os técnicos foram procurados pelo Flamengo antes de fechar com o também português Paulo Sousa. Por coincidência, o ponto fraco dos dois é justamente o excesso de gols tomados em contra-ataques pelas linhas altas.
Nesse sentido, agora nos resta saber qual técnico português irá assumir o Corinthians. As informações são extremamente sigilosas pela complexidade da negociação. Um treinador de outra nacionalidade seria uma surpresa para grande parte da Fiel. E, pela reação da mesma em Redes Sociais, conforme o nome, uma ducha de água congelada.
Por fim, a aprovação aos portugueses está alta, e em bem breve, saberemos o comandante do futuro alvinegro.