Na última sexta-feira (11), o zagueiro Robson Bambu compareceu 5ª Delegacia Seccional em São Paulo e prestou depoimento sobre a acusação de estupro de uma mulher de 25 anos.
Bambu e a garota divergem nas versões dos fatos. Robson nega qualquer tipo de abuso sexual ou que tenha tirado a própria roupa. Ela o acusa exatamente das duas coisas. Tudo teria acontecido pela manhã do dia 3 de fevereiro, onde Robson Bambu e um amigo chamado Pezinho teriam curtido a noite com duas garotas numa boate em Tatuapé, bairro da zona leste de São Paulo. O zagueiro diz que chegou ao local por volta das 1h da manhã e que ficou numa mesa reservada. Bambu ainda pagou a conta das pessoas que estavam com ele e relata que houve consumo de vodka com energético, licor e água, mas nega que qualquer pessoa sentada à mesa tenha ficado bêbada.
Ao sair da boate, Bambu, o amigo e as duas garotas seguiram em direção ao hotel em que o jogador estava hospedado. O zagueiro ainda procura um imóvel para morar em São Paulo, após voltar ao Brasil depois de um ano e meio atuando no futebol francês.
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As divergências
É aqui que os depoimentos passam e não bater um com o outro. Por volta das 6h30, o zagueiro diz que foi para o quarto dele com uma das garotas, tendo a outra ido para outro quarto com o amigo dele. Ambos relatam que mantiveram relações sexuais com as garotas de maneira consensual. Bambu disse a polícia que precisava ir com o Pezinho assinar o contrato de locação de um apartamento e que sendo assim, telefonou duas vezes para ele, mais precisamente às 10h38 e 10h44, porém o amigo não atendeu.
Então o zagueiro foi até o quarto em que o amigo estava, onde ficou por dez minutos. Relatou que viu a garota deitada na cama, coberta e se mexendo, acordada. Ainda segundo o zagueiro, a garota teria ficado nervosa por ter pedido a hora de um compromisso que tinha ainda naquela manhã. Mesmo assim, Bambu reforçou que não houve nenhum tipo de atrito ou desentendimento entre eles por este motivo. Isso só teria ocorrido minutos depois, quando os dois foram até o quarto em que Bambu estava hospedado e na qual a amiga da garota ainda estava dormindo.
A garota que fez a denúncia, teria jogado jogado água no rosto da amiga, para acordá-la, mas foi impedida pelo jogador e pelo amigo. Após isso, de acordo com o zagueiro, ela o acusou de estupro, alegando que ele teria tocado nas genitais dela. No depoimento do zagueiro, ele conta ter ficado surpreso como a forma que as coisas escalaram e garante que jamais aconteceu qualquer ato de violência sexual. Mas a versão da mulher é diferente. Diz que estava dormindo e fui acordada com o jogador totalmente nu deitado em cima dela, introduzindo o dedo na vagina da mesma. Completou dizendo que o amigo de Bambu apenas observava o ato.
Investigação e posicionamento do clube
E pra finalizar, alegou que empurrou o jogador de cima dela, saiu do quarto em que estava e foi procurar sua amiga no outro quarto. Ao fim de tudo, Bambu contou que Pezinho trocou mensagens de texto com a acusadora e que o amigo teria perguntado a ela se poderia fazer algo para ajudar, visto que ela tinha perdido o compromisso naquela manhã por ter passado a noite com ele. De acordo com o jogador, a mulher, em meio a xingamentos, falou que se fosse para oferecer dinheiro, teria de ser uma boa quantia.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil, que deve ouvir testemunhas e coletar mais provas.
Por meio de nota, a assessoria oficial do Corinthians informou que “não comentará o tema até que todos os fatos sejam esclarecidos mediante apuração.” O clube também reiterou que “não compactua com nenhum tipo de violência.”
Contratado em janeiro, o jogador ainda não foi inscrito no Campeonato Paulista.
