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Vítor Pereira revela conversa com Róger Guedes

Caíque Guirao

O Corinthians fez mais uma boa partida na noite deste último sábado, quando venceu o Avaí por 3×0 na Neo Química Arena. Todos os gols foram marcados por Róger Guedes. Recentemente ele e Vítor Pereira têm conversado bastante para discutir como ele pode ajudar mais a equipe.

(Foto: Rodrigo Coca / Ag Corinthians)
(Foto: Rodrigo Coca / Ag Corinthians)

O atacante falou sobre as conversas que vem tendo com o treinador, logo após o término do jogo.

“Acho que mostrei onde eu quero jogar. Foi uma conversa sadia que tive com ele, lógico que prefiro jogar aqui, onde me sinto mais à vontade, onde posso usar minha característica de fazer o facão toda hora. E o grupo já me conhece bastante nessa posição também”.

O técnico reconhece que o jogador atua melhor na posição que jogou neste último confronto. No entanto diz que é preciso encontrar um equilíbrio para deixar o time sempre com um bom rendimento, independente de qualquer coisa.

“Liderar pessoas é perceber as características de cada personalidade. Ele é bom menino. Provavelmente, é o jogador que eu mais tenho conversado. Tem que saber levá-lo, tirar o melhor dele, falar um bocadinho ao coração e trazê-lo para o alinhamento que pretendemos. Antes, tínhamos que jogar com o Roger como atacante, e eu expliquei a ele muitas vezes: “Eu sei que você gosta de jogar da esquerda para dentro, mas a equipe precisa de você de atacante”. Ele estava desanimado porque não estava fazendo gols. Eu tenho que dar razão a ele, jogando pela esquerda vai para dentro com o pé direito. Mas também temos o Willian, que também gosta de jogar assim. Vamos ter que ir fazendo essa gestão e acho que só é possível manter o nível e não baixar drasticamente assim”.

Revezamento de jogadores

Vítor Pereira está mais preocupado em ter jogadores que possam entrar e ser solução para manter um bom nível de atuação, do que com a idade dos atletas.

“A minha preocupação não é idade, não estou preocupado com idade da equipe, mas na resposta da equipe, em manter o mais nivelado possível de um jogo para o outro e, para isso, acho fundamental mesclar, trazer… Eu já expliquei que é completamente impossível e cada vez que vai passando mais tempo eu vou percebendo isso mais claramente. Não é possível jogar 90 minutos da Libertadores e depois jogar num nível alto depois de três dias. Isso para mim é claro. O que temos que fazer? Temos que fundamentalmente dar oportunidades aos mais jovens no sentido de os fazer ganhar maturidade, tranquilidade no seu jogo, confiança em seu jogo para que sejam soluções. É a única maneira de voltar a competir três dias depois de um jogo”.

A equipe foi bem, mas o treinador reforçou que ainda é preciso melhorar mais, pois houve alguns momentos de oscilação. E se não fosse por mais uma boa atuação de Cássio, o placar poderia ser diferente.

“Oscilamos um bocadinho porque não estamos todos alinhados em termos de comportamento, ainda falta uma maturidade em determinados momentos do jogo. Poderia estar extremamente feliz com os 3 a 0, mas não sou assim, fico feliz quando o resultado é fruto de uma qualidade constante. Hoje tivemos momentos em que jogamos com qualidade, pressionando, criando com dinâmicas, mas também tivemos períodos em que deveríamos ter a bola e facilmente entregamos a posse ao adversário e tivemos muitos períodos sem a bola, e eu detesto jogo sem bola. Futebol é com bola, tem que procurar jogar com a bola o máximo tempo possível. Estamos em busca de crescer e alinhar todo mundo num patamar que nos permita manter o nível os 90 minutos. Hoje não conseguimos. Eu prefiro às vezes baixar um bocadinho o nível e manter a equipe viva, é o que estamos fazendo”.

Indicado por Vítor Pereira, Rafael Ramos já estreou

Conterrâneo do atual treinador, Rafael Ramos foi indicado pelo comandante da equipe, foi contratado rapidamente e já estreou. E é preciso reconhecer que foi uma grata surpresa, pelo menos na partida de hoje.

“Temos três laterais-direitos. Eu acho que o João tem crescido também, tem crescido em termos de maturidade, tem crescido a tranquilidade de seu jogo. Fez um belíssimo jogo contra o Botafogo. O Rafael surge como uma oportunidade de mercado, estava em final de contrato. O empréstimo de João está mais ou menos, a dois meses do fim. Não sabendo o futuro, tivemos que jogar em antecipação, trazer o Rafael. O Fagner nem ninguém consegue jogar 90 minutos num jogo de alta exigência e depois voltar com a mesma qualidade no jogo seguinte. Isso não é questão de idade, é de o tempo de recuperar ser curto”.

Mesmo com a incerteza da permanência de João Pedro, o comandante reforçou que todos seguirão tendo oportunidade.

Os três vão ter oportunidades de jogar em jogos diferentes em função da fadiga de cada um. O Rafael jogava regularmente no Santa Clara, uma boa equipe em Portugal. Eu acho que ele tem características que se enquadram no nosso jogo, é rápido, esclarecido, pode nos ajudar e tem o caráter que eu gosto, competitivo, tem o espírito do Corinthians, veio para acrescentar, ajudar. Hoje, uma estreia, no nosso estádio, ele não fez um jogo em alto nível, mas de qualidade do ponto de vista defensivo e ofensivo”.

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Próximo jogo

Confronto pela Copa do Brasil

O Corinthians de Vítor Pereira enfrenta a Portuguesa-RJ pela Copa do Brasil na noite da próxima quarta. Ele foi perguntando sobre como vê o embate.

“Para eles, é tudo. Para nós, somos obrigados a ganhar. E se ganharmos, não é nada além da obrigação. Para eles, é uma oportunidade incrível, campeonato muito grande. Vamos ter que entrar no jogo de modo concentrado, focado, organizado. Vamos mudar, não há dúvida nisso, porque é a única forma. Temos dois jogos pela frente de altíssima exigência. Vamos ser obrigados, até por querer dar oportunidades para jogadores crescerem e começarem a se acalmar um pouco, ter maturidade. Vamos ter que dar oportunidades a quem está trabalhando bem, correr esse risco. Agora, eles têm que mostrar o que fazem no treino. Vamos mexer muito na equipe, não há outro caminho”.

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