Na história do Corinthians existem diversos heróis improváveis. Daqueles que surgem nas situações mais inusitadas. E Cássio é um deles.
O goleiro, que tinha chegado do PSV da Holanda para ser terceiro goleiro, havia feito apenas uma partida com a camisa do clube, foi o escolhido para substituir Júlio César.
Mas, para entender a história, é preciso voltar ao dia 22 de abril, nas quartas de final do Campeonato Paulista, estádio do Pacaembú, quando o Corinthians enfrentaria a Ponte Preta.
Nessa partida, Cássio sequer esteve no banco de reservas, e o favorito Corinthians viu o castelo cair quando Júlio César, que tinha feito excelente Brasileirão em 2011, falhou em dois dos três gols da Macaca.
Dessa forma, Tite resolveu que trocaria seu goleiro titular logo no primeiro mata mata da Libertadores da América.
No entanto, Cássio não passava nem perto de ser o favorito.
Danilo Fernandes sim, esse era o goleiro que grande parte da imprensa colocava no gol corinthiano contra o Emelec.
Eis que, para a surpresa de todos, surge Cássio.
E a escolha tinha um motivo claro: A bola aérea do adversário.
Do alto dos seus mais de 1,90cm, Cássio era o goleiro certo para conter a bateria aérea equatoriana.
O jogo
Arbitrado pelo colombiano José Buitrago, o “Mr. Bean”, o jogo foi estilo Libertadores.
Toda chegada corinthiana era punida com cartão amarelo, todas as bolas eram alçadas para a área e todas elas eram neutralizadas pelo gigante.
Teve bola na trave, Lucho Figueroa na cara do gol e nada, absolutamente nada passava por Cássio.
O Corinthians pouca ia a frente, e quando ia, não conseguia ser efetivo.
Sheik puxou bom contra ataque, mas não conseguiu finalizar, as jogadas corinthianas não levavam grande perigo ao gol do Emelec.
E o colombiano amarelando o Corinthians como se não houvesse amanhã.
Faltava um vermelho.
Jorge Henrique faz falta, reclama e pronto, não faltava mais nada.
Corinthians com um a menos.
A pressão cresce, mas Cássio não deixava a situação desandar.
À medida que o tempo passava, o zero a zero se tornava um grande resultado.
Trazer a decisão para o Pacaembú com tudo igual, era de suma importância.
E o Corinthians tratou de garantir o empate em zero a zero.
“Contra tudo e contra todos”
Após os acontecimentos no George Capwell, o tom das entrevistas de Tite e do então presidente Mário Gobbi foram muito fortes.
Todas atacando a arbitragem e a própria Conmebol, todas cobertas de razão.
Foi ali que surgiu um dos grandes mantras da campanha do título: Contra tudo e contra todos.
Assim como o “Vai, Corinthians”, a frase acompanhou a torcida até o dia 4 de julho.
Mas, ainda estamos longe dessa data.
O próximo capítulo será a volta contra o Emelec, marcado para o dia 09 de maio.
Veja mais notícias do Timão
+ Vitor Pereira: Time titular, dérbi e tanques de guerra
+ Próximo jogo