A torcida corinthiana foi ao delírio quando, na tarde da última quarta-feira (09), pipocou a notícia de um possível acerto do Corinthians com Ángel Romero.
Sim, o paraguaio de 30 anos de idade, que deixou o Corinthians de forma nada amigável em 2019, está bem próximo de ser o primeiro reforço para 2023.
Se dentro dos campos, a condição atual de Romero gera algumas dúvidas, fora deles, aflora a questão política alvinegra.
Como assim?
Para quem não se recorda, Romero e Corinthians travaram uma longa negociação para renovação de contrato em 2018.
O presidente da época, Andrés Sanchez, não cedia aos pedidos do staff do jogador, que por sua vez, também não baixava a pedida salarial.
Há quem diga que Romero queria equiparar seus vencimentos aos grandes nomes do elenco, como Cássio, Fagner e Gil.
O resultado foi o afastamento do atacante até o final do seu vínculo, no ano seguinte.
Sucesso na época, a música Despacito foi usada por Andrés para definir a situação, dando a entender que tudo caminhava lentamente.
Romero deixou o Corinthians, 5 anos se passaram, Duilio Monteiro Alves assumiu a presidência do clube e enfim, chegamos nos dias atuais.
Também ontem, dia 09/11/2022, foi divulgado um documento em que o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Alexandre Husni, adiava uma reunião marcada para o próximo dia 16, com o intuito de analisar um pedido de reforma estatutária encabeçado por Romeu Tuma Júnior, com o apoio de outros conselheiros do clube.
Entre algumas pautas, o Fiel Torcedor com direito a voto, estudos para o Corinthians se tornar SAF, aumento do mandato presidencial e reeleição do mesmo.
Pois bem, o que Romero tem com tudo isso?
As eleições no clube acontecem em 2023 e a situação não tem um nome de consenso.
No entanto, Andrés gostaria de ver o aliado André Luis de Oliveira, o André Negão, como o candidato da sua chapa, a Renovação & Transparência.
Acontece que o nome não é bem visto pelo grupo e conta com enorme rejeição da torcida fora dos muros do Parque São Jorge.
Duilio então seria a tábua de salvação da situação, desde que a reeleição passasse pelo conselho e que já valesse para o próximo pleito.
Andrés é contra a reeleição, Duilio não articula, mas o grupo tenta a manutenção do atual mandatário para os próximos anos.
Andrés quer André Negão, o grupo tenta manter Duilio, Andres não renovou com Romero, Duilio está próximo de contratar Romero.
O grupo que está no comando do clube há 15 anos está rachado?
O ano eleitoral do Corinthians promete.
Resta saber o quanto essa ebulição invadirá os gramados, interferindo na temporada que tem tudo para ser promissora.
Romero vem aí e o bicho vai pegar.
Para todos os lados!
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