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E o Time Ofensivo de 2020?

Bruno Dookie

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Viramos o ano de 2019/2020 na expectativa de ter no comando, o técnico brasileiro mais promissor dos últimos dois anos. Com futebol vistoso, elenco nada badalado e dois títulos importantes em cima de elencos superiores de grandes rivais, Tiago chegava com uma meta: derrubar o DNA “cagalhão” da década passada e não permitir que a torcida continuasse tendo sono durantes as partidas.

ERA O TÃO ESPERADO FIM DO FUTEBOL DE RESULTADO!

Por diversos motivos, é possível dizer que a escolha foi muito interessante. A diretoria conseguia controlar os ânimos e dar esperança para os torcedores trazendo um nome visivelmente acertado. Era o nome mais certo do mercado, e já que “não tinha mais clima para Carille” haviam derrubado o antecessor, alguém precisava chegar.

Tiago era sucesso de críticas e parecia ser tudo que precisávamos no momento. Um técnico que tiraria leite de pedra, em futebol e resultados, sem ter um elenco de galáticos. Tudo que o Corinthiano mais esperava em tempos de crise financeira e futebol burocrático.

Como nem todo almoço é grátis, Tiago pediu alto e foi bancado pela diretoria, naquele momento desesperada em atender à Fiel.

E os questionamentos já são pertinentes.

Ele vai entregar mais do que entregou até aqui? Vai conseguir formar um time leve, belo, ofensivo e com resultados com o elenco que tem?

A dúvida ainda é grande, mas a resposta já parecia simples desde a temporada passada. Sem material humano, contratações certeiras e gestão responsável, não é possível fazer milagres.

Enquanto o Corinthians estiver pagando caro pelo preço do próprio estádio, ainda fica a dúvida se é melhor fechar a casinha e manter o DNA que obteve sucesso na década passada, ou partir para uma construção que pode levar tempo, e não atingir êxito por falta de grandes talentos e jogadores fora da curva.

2020 será um grande tira-teima para a torcida notar que, depois do desmanche do grande elenco de 2015, que tinha tudo para fazer uma boa Libertadores em 2016, os times sempre foram apenas razoáveis. E a conclusão que poderemos tirar é: mantém o padrão de jogo que obteve suesso, a paz, e um padrão, mesmo em tempo de vacas magras? Ou vamos em busca de um time que busca em demasia um futebol que ainda parece mais utopia?

Tiago já parece aceitar que é melhor viver em paz. Percebe que precisa de tempo para impor seu jogo, e se tiver um início no Brasileiro, como foi no Paulista, não sobreviverá. Parece dar preferência na manutenção do emprego, para ter tempo no cargo e conseguir criar algo a longo prazo. Já não imagina mais um time sem um primeiro volante de ofício ao fixar Gabriel, se expõe menos ao ataque, acerta um pouco mais a mão em peças e parece deixar de lado quem já mostrou em 2020 que ainda não tem tamanho para vestir a camisa do Corinthians. Tem jogado praticamente com 5 jogadores no meio-campo desde a volta da pandemia, para reforçar o fraco sistema defensivo que vinha sendo o problema antes da pausa.

Tiago parece ter entendido na pele a diferença entre trabalhar no Athletico-PR e no Corinthians.

Tiago já tem inventado e arriscado menos que antes!

Talvez até por pedido interno, parece aos poucos ter sido engolido pelo próprio DNA Corinthiano da década passada. Tiago talvez esteja no momento tendo que administrar o que funciona pra ele, e o que funciona pro clube.

A sinuca de bico parece ter chegado.

E a pergunta que fica é: Fomos justos com 2019?

 

 

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