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Ramón Díaz fala sobre a pressão de trabalhar no Corinthians

Caíque Guirao

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O Corinthians venceu o Palmeiras na noite desta última segunda-feira (04), na Neo Química Arena. Após o jogo, Ramón Díaz falou sobre a pressão de trabalhar num clube desse tamanho.

Ele e seu filho, Emiliano, também comentaram sobre uma oferta que receberam na última semana.

Importância de um Corinthians x Palmeiras

Emiliano Díaz comentou sobre a relevância desse clássico para o Timão, ainda mais ao levar em conta a situação que a equipe estava.

“Você entende quando está aqui. Sabíamos a importância de Palmeiras x Corinthians, mas estando aqui… A semana foi braba. Estamos acostumados, desfrutei muito. Mesmo depois da eliminação. A gente que vive e trabalha num clássico é abençoado. Desfrutamos muito, o grupo está desfrutando muito, vinha muito pressionado. Viemos para isso, viver essas coisas. Pessoalmente, estou cumprindo um sonho em trabalhar no Corinthians. Estamos muito contentes, desfrutando muito… É um clássico brabo. Hoje a gente sentiu, desfrutei muito”.

O auxiliar também mencionou o histórico da família Díaz em clássicos, somando todos os times em que eles trabalharam.

“Temos 89% dos clássicos vencidos em toda parte do mundo, para nós é normal. É um jogo importante, fazia três anos que o Corinthians não ganhava, esse grupo era castigado por todos os grupos anteriores. Estamos acostumados a ganhar clássicos, nascemos em clubes em que o clássico é vida ou morte. Estamos acostumados. Muito contentes porque havia três anos que o Corinthians não ganhava esse clássico, pudemos dar alegria ao torcedor e a esse grupo que merece muito”.

Opção tática

Diferentemente do que vinha acontecendo nas últimas partidas, o Corinthians entrou em campo com 3 zagueiros ao invés de 2.

“Conhecíamos o adversário, por isso decidimos jogar com a linha de três. Tivemos dificuldade nos primeiros 15 minutos, eles criaram duas ou três situações que poderiam resultar em gol. Por sorte, temos um dos melhores goleiros do Brasil, o Hugo. O time se organizou, começou a jogar, a sair, e jogamos de igual para igual. Foi um jogo muito disputado, lindo para a gente, eles são um grande time, por isso conseguiram coisas importantes. Gostei da atitude do nosso time, de pressionar. Quando há dificuldade, sabe que tem que defender e eles fizeram ao máximo. Cada jogador que entrou, rendeu ao máximo, estamos contentes pelos jogadores. Que a torcida desfrute, porque foi uma grande vitória”.

Ramón Díaz falou sobre a pressão de ser técnico do Timão

O treinador alvinegro riu ao ser perguntado como é dirigir um clube que é tão cobrado.

“Eu rio porque ser treinador não é fácil, há muita pressão em todos os sentidos. Te exigem resultados. E cada vez que perdemos uma semifinal vamos ser questionados. Aqui está Fabinho, que nos contratou, sempre nos apoiou… Em três meses que estamos aqui, entendemos que é um time grande. Estamos acostumados, tranquilos, nunca perdemos a tranquilidade, temos o apoio da nossa família. Sabemos o trabalho que estamos fazendo”.

Seu auxiliar também abordou o assunto.

“É normal, estamos no maior time do Brasil. É normal, acontece, um time grande, cobrança grande. Sempre cobram de gente que é capaz, nunca cobram um cara que nunca ganhou nada, que nunca brigou por nada. Se tem um cara que brigou por títulos e coisas importantes e erra, você cobra e tudo bem. Nós não mudamos com elogios ou críticas, estamos no foco do que temos que fazer. E dando tranquilidade ao grupo, se tem que bater em nós para deixar o grupo tranquilo, tudo bem. Nosso objetivo era tirar o Corinthians dessa situação e estamos fazendo. Ganhar um clássico depois de três anos… imagino que o torcedor esteja contente. Tem que desfrutar, não é fácil ficar três anos sem ganhar um clássico”.

Proposta recusada

Ramón Díaz falou que recebeu a maior proposta que já lhe fizeram na carreira na semana passada, entretanto a recusou para permanecer no Parque São Jorve.

“Deixamos passar uma oferta na semana passada, a mais importante da nossa história, recusamos essa oferta porque estamos cumprindo o sonho de estar no Corinthians. Eu nunca trabalhei tão cômodo com um diretor como o Fabinho. Em momentos ruins ele está aí junto com o presidente, muitas vezes são cobrados injustamente. É para parabenizar e valorizar o trabalho que estão fazendo. Nosso contrato é até 2025 e estamos sempre planejando. Mas é jogo a jogo, estamos em um time grande e a única coisa que o sustenta é resultado. Estamos fazendo uma grande campanha, pegamos com 12 pontos, hoje estamos a quatro da zona de rebaixamento. Tem que valorizar o grupo, que ficou até a 31 rodada na zona de rebaixamento e chegou a duas semifinais”.