Infelizmente os brasileiros vêm enfrentando um cenário mais hostil do que o normal, na Libertadores de 2022. Normalmente esperamos dificuldades apenas em campo, e várias vezes até por conta da arbitragem, mas os problemas extrapolaram as linhas dos gramados. Entretanto a Conmebol não age como deveria.
Praticamente todos os times do Brasil viram seus torcedores sendo alvo de racismo por parte de “torcedores” de outros times da América do Sul. No caso do Corinthians, o racismo aconteceu em todas as três partidas contra o Boca Juniors.
Na primeira partida na Neo Química Arena, um “torcedor” foi pego imitando macaco em direção aos alvinegros. Na Bombonera, mais “torcedores” foram filmados fazendo a mesma coisa. O ato é grave por si só, mas não parou por aí, pois até crianças replicaram essa comportamento. No terceiro jogo, novamente na Neo Química Arena, mais “torcedores” foram pegos ao imitarem macaco. Entretanto, novamente não parou por aí: até saudação nazista chegou a ser registrada em vídeo.
Com as denúncias, a Conmebol abriu um novo “Expediente Disciplinar” contra o Boca Juniors para julgar os atos racistas que aconteceram nessa última partida. Na primeira vez, a pena foi de U$ 30 mil; na segunda, outra multa de apenas U$ 100 mil.
Após essa segunda multa, a entidade comunicou à equipe argentina que o clube poderia ter a entrada de torcedores vetada parcial, ou totalmente, na Bombonera, em caso de reincidência. A “torcida” do Boca Juniors é “re-reincidente” ao cometer racismo, e provavelmente a burocracia impedirá que uma possível pena seja aplicada antes da semana que vem.
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Como funciona a análise do caso?
Assim que o Expediente Disciplinar é aberto, é concedido um prazo de 7 dias para o clube apresentar a defesa. Assim que recebem a argumentação, os juízes podem levar até 5 dias para tomar uma decisão para que ela seja oficialmente informada pela entidade.
Por conta dos prazos e trâmites, mesmo que o Boca Juniors seja punido, é bem provável que isso aconteça apenas depois do embate com o Corinthians. Mas com tantas provas e com tantos casos contra clubes brasileiros, é revoltante que a Conmebol não aplique punições enérgicas e ágeis. Não é admissível que isso continue acontecendo sem punição alguma.