A Conmebol se manifestou sobre os casos de racismo recorrentes na última semana pela Copa Libertadores da América.
Em pelo menos quatro partidas, foi possível identificar ofensas racistas, sempre contra brasileiros nos estádios sul-americanos.
O primeiro deles, na rodada anterior ,um torcedor do River Plate mostrou uma banana para torcedores do Fortaleza presentes no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.
Nesta semana, durante a partida entre Corinthians e Boca Juniors, o torcedor Leonardo Ponzo foi visto imitando um macaco.
O torcedor foi detido,mas o consulado argentino pagou fiança de R$ 3000,00 e o mesmo foi liberado.
Mas não para por aí
Em Santiago, capital do Chile, durante a partida entre Universidad Católica e Flamengo ,a torcida flamenguista também foi vítima de ofensas racistas.
Além disso, um sinalizador foi arremessado pelos chilenos e acertou um senhor de idade, além de uma criança,também na torcida rubro-negra.
No mesmo dia, torcedores do Palmeiras também receberam insultos racistas na partida diante do Emelec, no Equador.
Diante de tantos casos, a Conmebol resolveu se manifestar por meio de nota oficial.
Abaixo, segue a íntegra da nota da Conmebol
“A CONMEBOL considera ABSOLUTAMENTE INACEITÁVEL qualquer manifestação de racismo e outras formas de violência em seus torneios.
Assume e assumirá sempre a sua quota-parte de responsabilidade no combate a todo o tipo de discriminação.
O combate a este flagelo ocupa um lugar central nas preocupações e no trabalho da CONMEBOL, o que se evidencia nas múltiplas campanhas de sensibilização e ações de grande envergadura, bem como na aplicação de sanções a quem incorrer nestas práticas desprezíveis.
A CONMEBOL promoverá mudanças na regulamentação para AUMENTAR E ENDURECER as penalidades em casos de racismo.
Também se compromete a desenhar e implementar novos programas e ações que visem banir definitivamente este problema do futebol sul-americano.
O futebol é um difusor incomparável de valores positivos e construtivos na sociedade.
Nos campos, treinos e competições, os jogadores de futebol aprendem desde cedo a respeitar seus adversários e valorizar suas virtudes, a tolerar os erros dos companheiros e ajudar a corrigi-los, a trabalhar em equipe e em união, a saber que o caminho para vitória É a do trabalho e do sacrifício.
A CONMEBOL intensificará o trabalho contra o racismo e outras formas de discriminação nas CATEGORIAS DE TREINAMENTO.
É preciso ressaltar que o racismo não é um fenômeno que começa e termina no futebol, que, sendo um espetáculo massivo, torna-se mais um campo de ampla visibilidade em que este e outros vícios sociais podem vir à tona.
A sensação de anonimato proporcionada pelas arquibancadas esportiva leva os desajustados a desencadear seu comportamento inaceitável. “
Punições à vista
“No entanto, isso mudou muito nos últimos anos, pois agora é possível IDENTIFICAR CLARAMENTE OS INFRATORES E PUNÍ-LOS COM A MAIOR GRAVIDADE.
Esses flagelos não serão superados se não se entender primeiro que eles devem ser atacados em todos os níveis: na educação familiar, nas escolas e faculdades, na mídia, nas organizações civis, no mundo empresarial, através das políticas públicas e certamente também em esportes.
A CONMEBOL exorta todos os jogadores do futebol sul-americano – clubes, federações, mídia e torcedores – a REDOBRAR ESFORÇOS PARA ERRADICAR O RACISMO e outras formas de violência e discriminação e preservar o que há de mais valioso no nosso esporte: sua mensagem de camaradagem, esportividade e saúde concorrência.”
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