O clube fechou os seis primeiros meses do ano com superávit de R$ 394 mil. O resultado de janeiro a junho de 2021 foi positivo. No entanto, o Corinthians está há três meses sem pagar ajudas de custos a atletas das categorias de base. Além disso, o FGTS de funcionários do Alvinegro não é depositado há mais de dois anos.
Apesar do ligeiro superávit alcançado pela gestão de Duílio Monteiro Alves, presidente do Corinthians eleito pela chapa “Renovação e Transparência” que está há 14 anos no poder, o Timão continua em situação financeira periclitante. Afinal, o time do Parque São Jorge vem sofrendo constante bloqueios judiciais em função das dívidas acumuladas, além de ter suas receitas minguadas em função da pandemia.
Conforme balanço divulgado pelo clube, o Corinthians está endividado em R$ 978,8 milhões, dos quais R$ 588,5 milhões são referentes a dívidas de curto prazo. Ou seja, valores que devem ser quitados em até 12 meses. Vale ressaltar que o valor total que beira um bilhão não inclui o financiamento da Neo Química Arena.
Com relação ao estádio, o clube tem mais R$ 569 milhões para pagar até 2040. De acordo com o contrato de naming rights, R$ 300 milhões serão abatidos. Sendo assim, sobram R$ 269 milhões que são de responsabilidade do Corinthians.
Corte de gastos e novas receitas
Portanto, mesmo tendo fechado o primeiro semestre com as contas no azul, o torcedor corinthiano tem muito com o que se preocupar. Afinal, tudo indica que o segundo semestre do ano será ainda mais desafiador. Nos primeiros seis meses do ano, o Corinthians conseguiu enxugar a folha salarial com a saída de 15 jogadores. Bem como, a chegada de novos patrocinadores e o recebimento de receitas de TV, incluindo valores de 2020, ajudaram a atual diretoria a alcançar esse superávit de menos de meio milhão.
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No entanto, o mesmo cenário não deverá se repetir de julho a dezembro. Recentemente, o Corinthians contratou reforços importantes para o desempenho da equipe do ponto de vista desportivo, mas que onerarão a folha salarial. São os casos de Giuliano e Renato Augusto que já estão atuando pelo clube. Além de Roger Guedes que está em vias de ser anunciado e do lateral-direito João Pedro que também deve desembarcar em breve no Parque São Jorge.
Sendo assim, o Alvinegro do Parque São Jorge, que deve quase R$ 1,5 bilhão incluindo as pendências referentes à Neo Química Arena, necessita vender jogadores para tentar equalizar os valores.
Corinthians precisa vender atletas para pagar contas
Nesse sentido, o zagueiro Raul Gustavo está em vias de ter sua saída para o Bordeaux, da França, anunciada. Ao que parece, o Corinthians receberá 2 milhões de euros (aproximadamente R$ 12,3 milhões) por 50% dos direitos econômicos do defensor. Após a negociação, o alvinegro segue com 40% do atleta.
Até o momento, sem contar com a transação que ainda não foi oficializada envolvendo Raul Gustavo, o Timão arrecadou R$ 14,9 milhões com a venda de direitos econômicos de jogadores e com bonificação em função do sistema de solidariedade da FIFA (porcentagem de atletas formados nas categorias de base).
Dessa forma, a maior fonte de renda do Corinthians, até o momento, foram os direitos de transmissão de TV. O Timão arrecadou R$ 145,4 milhões.
Enquanto isso, o presidente Duílio Monteiro Alves busca auxílio em uma consultoria especializada em gestão que foi contratada neste ano. O objetivo é reduzir em 20% os custos de todos os departamentos, incluindo o futebol. Além disso, o presidente do Corinthians também contratou a empresa KPMG para ajudar na negociação de dívidas.
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