Seis dias após a demissão de Sylvinho, a busca pelo novo técnico continua a povoar o noticiário do Corinthians.
A busca precisa ser criteriosa e tudo leva a crer que assim está sendo feito, haja vista que, internamente nada vazou até o momento além de especulações.
Mas, sabendo disso e sabendo também que não seria tão simples trazer um técnico de fora, porque tal atitude não foi tomada antes ?
Antes, nesse caso, seria imediatamente após o final do Brasileirão 2021, quando após 40 jogos do antigo treinador, estava evidente que pouca coisa mudaria para o ano que chegaria.
Isso logo se provou em apenas três partidas do Corinthians pelo Campeonato Paulista de 22.
A terceira partida do ano, a primeira derrota da temporada e uma pressão absurda vinda das arquibancadas, que não aguentava mais o trabalho anterior, que não dava perspectiva nenhuma para o seguir do ano.
Os dirigentes cederam à pressão da torcida, no entanto, essa pressão já existia em 2021.
Nada diferente aconteceu. O time continuava jogando o mesmo futebol medíocre apresentado outrora.
Além disso, o Corinthians se via em dificuldades contra times mais fracos, com menor investimento, fosse fora ou dentro de sua imponente casa.
Adeus, Sylvinho !
Tardiamente. Atrasando um planejamento, perdendo uma pré temporada e se vendo em situação de urgência (não confundir com pressa) na busca de um treinador gabaritado para a função e que ao mesmo tempo, atenda aos anseios do torcedor corinthiano.
Se ele teve peso na saída, é justo que tenha na chegada.
Contudo, onde está a cúpula do Corinthians nesse momento ?
Fez como os rivais flamenguistas que atravessaram o atlântico e aportaram no Velho Continente e negociaram à exaustão até encontrar um comandante, no caso Paulo Sousa, ou ficaram aqui no país à mercê de empresários e agentes ?
Sim, opção 2.
Duílio Monteiro Alves, Alessandro Nunes e Roberto de Andrade tentam resolver a situação por aqui mesmo.
Nada que a tecnologia não resolva.
A insistência e a proximidade dos rubro negros pode ter facilitado a situação na Europa ? Pode.
Olhar no olho, conversar, apertar a mão do futuro treinador, sentir o que ele pensa, como ele enxerga futebol, tudo isso regado a cafés e bolachas aproxima as pessoas, mesmo em tempos pandêmicos.
E isso ainda em 2021, visando todo o planejamento para 2022.
No Timão, foi o demitido Sylvinho quem fez esse planejamento.
Os dirigentes dos dois maiores clubes do país agem de forma diferente e em tempos diferentes.
Em campo, o Corinthians pode vir a ter mais sucesso que o Flamengo, afinal o jogo é jogado e o peixe é pescado.
Mas fica a lição para situações futuras.
O torcedor reza para que isso não precise se repetir !
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