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Diretor financeiro do Corinthians projeta clube saudável, mas manda recado para a próxima gestão: “Será um desafio”

Matheus Pogiolli

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Com o mandato de Duílio Monteiro Alves chegando ao fim, as finanças do Corinthians seguem sendo a principal incógnita para o torcedor corinthiano. A fim de explicar as movimentações financeiras do Timão nos últimos anos, o diretor financeiro, Wesley Melo, concedeu entrevista ao portal GE, sanando diversas dúvidas e projetando o clube para a próxima diretoria.

Confira abaixo algumas aspas do responsável financeiro do alvinegro.

Diretor financeiro do Corinthians projeta clube saudável: “Mais quatro ou cinco anos”

Um dos personagens da gestão Duílio, Wesley Melo começou a entrevista opinando sobre a situação financeira do clube, mostrando vontade em acabar com as dívidas existentes.

“Gostaria de pagar todas as dívidas do Corinthians, desta gestão ou de outra. Mas temos de fazer alguma seleção. Casos como de Ralf, Jadson e outros, envolvem negociações. O cara não está no Corinthians, muitas vezes está judicializado, às vezes ele quer mais do que a gente entende que tem de pagar, então fica a discussão, um processo de negociação que se alonga. Não me orgulho, gostaria de estar em dia com todo mundo. Mas, no fim das contas, a gente tem que fazer escolhas”, iniciou o profissional.

Tendo em vista a grande arrecadação que o alvinegro teve em 2023 (próxima do 1 bilhão), o dirigente projetou a sequência dos anos, fazendo um adendo à enorme dívida do Timão.

“A dívida é o nosso calcanhar de Aquiles, com os juros muito altos, acima de 13% ou 14%, ele foi um desafio enorme nos últimos três anos e vai seguir sendo nos próximos três ou quatro anos também. A mudança de mentalidade e esse novo estilo de gestão tem de ser do Corinthians, que seja perpétuo, que não seja de uma gestão específica. A próxima gestão terá um planejamento estratégico preparado, que poderá revisar, criticar, alterar, rasgar e jogar fora se quiser, mas servirá de guia. Projetamos R$ 20 milhões de superávit para este ano e uma receita de cerca de R$ 950 milhões. Faltam 45 dias para acabar o ano, quem sabe batemos R$ 1 bilhão e aumentamos um pouco mais o superávit, mas esse é o orçamento que a gente se comprometeu e que esperamos entregar. Com uma dívida um pouco reduzida: de cerca de R$ 950 milhões para hoje algo abaixo de R$ 900 milhões”, completou Wesley.

Ainda sobre a projeção dos próximos anos, o diretor reiterou o desafio de assumir um clube como o Corinthians.

“Será um desafio. Quem assumir o clube, pegará um faturamento próximo a R$ 1 bilhão. Um clube que tem cerca de mil funcionários entre clube e futebol. Somos uma empresa de grande porte. Temos uma estrutura parruda, temos um estádio, então quem assumir sabe que terá de trabalhar muito. Não é o clubezinho da esquina. É um clube de folha de pagamento alta, um clube social maravilhoso, mas que tem um custo. Não vai ter uma receita comprometida, mas terá de buscar para manter uma receita alta, pois o clube é gigante”, explicou o dirigente.

Eleições no Timão

De olho nos próximos anos do alvinegro, as eleições para eleger o novo presidente do Corinthians serão no sábado (25), com início das movimentações dentro do Parque São Jorge ás 09h (de Brasília), sem confirmação de término. Os candidatos que disputarão o comando do clube serão André Luiz (Negão), da situação, e Augusto Melo, da oposição.