Os gatilhos estão aí. Todos cedidos pelo presidente Duílio Monteiro Alves, que se referiu ao cenário de treinadores brasileiros como “ultrapassados”.
E não que ele esteja errado.
Os resultados das principais competições envolvendo clubes brasileiros (Sul-americana, Libertadores e Mundial de Clubes), mostra que o mercado nacional vive uma fase complicada.
O fino trato dos gringos com a parte tática, os cuidados com os detalhes, o estudo dos adversários, entre outras coisas, vêm se sobressaindo em cima de estilos, como diria Duílio, mais ultrapassados.
O estilo paizão, superprotetor de jogador, que entende de campo porque já esteve por lá, e tudo mais, vem sendo superado por estudiosos, treinadores que n]ao conseguem se contentar com pouco, sempre buscam mais.
Duílio está certo, mas o mercado é difícil.
Não é só o Corinthians que busca esse tipo de profissional.
O mundo inteiro quer.
Além disso, no Brasil existe a desvalorização da moeda, que tanto atrapalha em negociações em Euro ou Dólar.
Sem contar cultura diferente, moradia, adaptação da família, vinda ou não de auxiliares e por aí segue.
São muitos complicadores que fazem com que a negociação seja um pouco mais demorada.
No entanto, Duílio precisa continuar tentando, não pode desistir.
Um nome não deu certo ? Vá em outro, outro e mais outro.
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Duílio: Olhar os vizinhos pode ser uma boa
Se o mercado europeu não estiver fácil, que vire os olhos para a América do Sul.
Alguns treinadores que “hablam” podem ser boas opções.
O CIFUT pode ajudar nisso. Deve, aliás.
O que o mandatário corinthiano não pode, é depois de uma fala dessas, ter que se contentar com os velhos e ultrapassados técnicos brasileiros, que não oferecem nada além de abraços e outros afagos em jogadores de futebol, muitas vezes trintões consagrados.
Porque na hora do banho tático português, o paizão vai juntar as mãos e orar, já que quando poderia se especializar e se atualizar, preferiu um bom banho de mar.
Duílio não pode passar esse recibo.