Em entrevista para o Seleção SporTV nesta última quinta (14), Fagner falou sobre como tem sido o time desde que Vítor Pereira chegou com a sua comissão.
O lateral se mostrou a favor do rodízio de jogadores, e explicou que isso é necessário para manter um ritmo forte nas partidas.
“A gente sabe que temos muito a crescer ainda, muito a evoluir como conjunto. No próximo jogo têm que entrar os 11 que estiverem melhor fisicamente. Sabemos o quanto foi desgastante o jogo de ontem e do fim de semana. Para uma equipe que quer jogar com intensidade, fazendo pressão pós-perda rápida, isso exige muito fisicamente. Essa rotatividade vai ser necessária. Como temos jogadores experientes e bons jovens, sabemos que não tem um Corinthians titular, um Corinthians ideal, tem que ver o time melhor física e fisiologicamente falando para entregar o que o mister pede. A equipe tem que ter uma identidade, que estamos tentando criar”.
Fagner complementou dizendo que a intensidade varia de acordo com o cenário criado em cada confronto.
“Isso vai muito em cima das partidas. Se ontem fizéssemos dois gols no inicio do jogo, o Deportivo Cali sairia mais e teríamos mais espaço e, quem sabe, um placar melhor. Como o gol não saiu, é natural eles se retraírem. Ai deixa para os últimos cinco minutos, do tipo “se estiver perdendo, eu me atiro.” Pega o jogo do Botafogo, em que nossa equipe conseguiu se impor e fazer o resultado no primeiro tempo, você vê que no segundo tempo a equipe ainda teve chances de fazer mais gols. Tem a ver com o que o jogo te proporciona”.
Segundo Fagner, Vítor Pereira “entendeu o espírito corinthiano”
Um dos pontos positivos em relação ao português, de acordo com o camisa 23, é que o treinador está compreendendo melhor o ambiente em que ele está. Vítor “entendeu o espírito corinthiano”.
“O principal é que ele entendeu o espírito do corinthiano, a paixão pelo clube, é o que ele tem cobrado todos os dias, para que a gente tenha essa intensidade de jogo, seja uma equipe que tenha fome de títulos, de ganhar jogo, é algo que ele tem passado todos os dias, além de questões táticas. O estafe passa coisas boas, correções de posicionamento, parte física no geral. Ele tem tudo para ter sucesso no clube porque entendeu cedo o que é o Corinthians. Tem jogadores formados na base ou que chegaram agora que sabem o que é o Corinthians. É questão de tempo, ele estreou depois de três dias contra o São Paulo, teve clássicos, depois estreia na Libertadores, é uma sequencia de jogos em que a maioria das correções é feita por conversas ou por vídeo. Ele vai ter sucesso aqui e esperamos ajuda-lo da melhor maneira possível”.
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Diferenças entre Europa e Brasil
O lateral comparou o tempo de trabalho que os treinadores e as equipes têm na Europa, em relação ao futebol brasileiro. Com um maior intervalo entre as partidas, certamente há mais tempo para treinar, implementar novas ideias e, principalmente, se recuperar fisicamente.
“É difícil comparar. Na Europa as ligas são muito intensas. Por que a intensidade de lá é maior do que no Brasil? Você pega um clube europeu que joga Champions League e ele não joga a mesma quantidade de vezes que o brasileiro. Temos média de 70 jogos por ano se chegar em todas as competições. Joga quarta e domingo. Na Europa, muitas vezes tem a semana para trabalhar, tem tempo, você consegue implementar essa parte física e tática, para o atleta ter essa intensidade alta. Ele quer que a gente também faça isso, seja uma equipe numa rotação alta, mas no meio do caminho tem essa condição de ter que recuperar o atleta para ele render em dois dias”.
Fagner ainda está cumprindo suspensão por conta de uma expulsão na última rodada do Brasileirão passado, mas deverá voltar na próxima rodada. Ele fez uma boa partida contra o Deportivo Cali, na quarta-feira passada.