No segundo semestre do ano passado, o Corinthians correu contra o tempo para renovar o contrato de Gabriel Pereira antes que ele optasse por assinar um pré-contrato com outra equipe. Houve bastante agitação nos bastidores mas, pelo que vemos agora, tudo pareceu não ter feito sentido.
Depois de 100 dias de anunciar um novo acordo com o atacante, o alvinegro ainda não registrou o novo contrato na CBF. Ou seja, o contrato em vigência no órgão máximo do futebol brasileiro é o que expira no próximo dia 31 de março. O acerto feito no ano passado previa uma extensão de vínculo até dezembro de 2024.
O GE entrou em contato com dirigentes do clube e recebeu a seguinte resposta:
“Após as tratativas iremos nos pronunciar. Estamos analisando a proposta”.
O registro de um contrato na CBF custa aproximadamente 10% do valor do salário que o jogador receberá em um mês. Por exemplo: se o salário do atleta for R$ 100 mil por mês, as taxas relacionadas ao registro do acerto seria de aproximadamente R$ 10 mil. No final das contas, foi dito que esse acordo seria uma espécie de “pré-contrato para resguardar as partes envolvidas”.
Proposta do Grupo City
A multa rescisória do contrato não registrado na CBF está estipulada em 100 milhões de euros. A oferta do Grupo City está entre 5 e 6 milhões de euros, o que corresponderia à 5 ou 6% do valor da multa.
Gabriel Pereira chegou a receber proposta do Dínamo de Kiev, entretanto ela foi rejeitada pelo seu staff por conta dos problemas entre Rússia e Ucrânia (ainda que nenhum ataque tivesse acontecido na época da proposta).
No documento registrado atualmente, o Corinthians teria direito a 70% desse valor, enquanto 30% ficaria com o Guarani. Isso gera uma dúvida, já que o acordo não registrado prevê que 65% ficaria com o clube, 5% com a cria do terrão e 30% com o Guarani.
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Bom negócio?
O Corinthians estipulou um valor de R$ 100 milhões em vendas de atletas para fechar bem as contas do ano. Com a venda de Éderson, por 6,5 milhões de euros, e uma possível venda de Gabriel Pereira por 5 ou 6 milhões de euros, o clube alcançaria uma parte significativa da cifra prevista. Mas fica a pergunta: será que não daria para ganhar mais dinheiro?
Quando vemos as vendas feitas recentemente por clubes como Atlético/MG, São Paulo, entre outros, os valores envolvendo a negociação de uma grande promessa são bem baixos. Principalmente se compararmos com a multa rescisória.
Foi dito que os dirigentes corinthianos têm visto a proposta com bons olhos, e que o negócio está próximo de sair, mas a base alvinegra gera muitos questionamentos na mídia e na torcida. Com a chegada de Vítor Pereira, será que o atacante não poderia melhorar seu futebol e ser vendido por um valor mais decente?
Duilio Monteiro Alves reformulou muitos departamentos durante seu mandato, mas as categorias de base continuam com administrações e atitudes “nebulosas”. O que complica ainda mais a situação é que uma base bem montada e bem aproveitada pode render muito dinheiro ao clube. Por que não houve melhora nesse sentido, já que é algo tão essencial para melhorar a situação da instituição?