Dia 22 de dezembro de 1999, Morumbi lotado, Corinthians e Atlético/MG faziam a terceira e decisiva partida da final do Brasileiro.
O Corinthians jogava pelo empate, pois apesar de ter saído derrotado na primeira partida, havia feito dois a zero no segundo jogo em São Paulo e como possuia campanha superior ao rival, teve o direito de realizar a derradeira euna sua “casa”.
Sim, nessa época o Timão ainda não tinha seu próprio estádio.
A moderna Neo Química Arena só surgiria 14 anos depois daquela memorável partida.
Sem contar com Luizão, seu artilheiro, suspenso pela expulsão na segunda partida, coube ao então jovem Fernando Baiano a missão dos gols corinthianos.
No gol, o já experiente Dida, que havia parado Raí com duas defesas de pênalti nas semifinais, era o dono da meta corinthiana.
O time possuia também Kléber em grande fase, Ricardinho, Vampeta e Edílson (Luizão também esteve na copa, mas como dito antes, esteve suspenso na última partida), que em 2002 se sagrariam pentacampeões mundiais com a seleção de Luis Felipe Scolari entre outros grandes jogadores.
Mas o destaque era ele, Marcelinho Carioca, o pé de anjo.
O meia com suas cobranças de bola parada e sua entrega de sempre levava o Corinthians a mais uma grande conquista em sua história.
A última partida, por exemplo, foi cheia de emoções, com bolas na trave, grandes defesas de Dida e Velloso pelo Galo Mineiro, um quase gol contra de Márcio Costa no final da partida e outros grandes lances.
O Atlético também tinha uma grande equipe que contava com o então jovem lateral Mancini, o meia Robert e o goleador Guilherme, que em 2002 passaria pelo Corinthians sem grande destaque.
Portanto, no final, um zero a zero e a taça nas mãos dos comandados de Oswaldo de Oliveira.
Abaixo, confira outros destaques da campanha:
O Artilheiro
Luizão, que havia chegado naquela temporada, terminou como artilheiro da equipe na competição.
Foram 21 gols no total, sendo dois na segunda partida da decisão.
Logo na sua estréia, diante do Gama de Brasília, o atacante deixou quatro gols, dando mostras de sua importância na competição e assim foi.
Luizão fez falta na decisão, mas seus gols nem tanto, já que o zero a zero garantiu o tri campeonato para o Corinthians.
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Jogos Históricos
No dia 17/10 o Corinthians vencia o Internacional pelo placar de 4 a 2.
O fato histórico é que o Timão mandou sua partida no Maracanã.
Sim, impossibilitado de atuar no Morumbi ou Pacaembú, a diretoria levou a partida para o estádio Mário Filho e lá, aplicou uma goleada sobre o rival colorado.
Marcaram para o Alvinegro nesse dia Luizão (3x) e Edílson
Além disso, outra partida marcante fica por conta do primeiro jogo das semifinais contra o rival São Paulo.
O 3 a 2 para o Corinthians por si só já dizia que o jogo foi espetacular, mas o melhor estava guardado para o final.
Dida simplesmente defendeu duas cobranças de pênalti do craque adversário na ocasião, o tetracampeão Raí.
Duas cobranças diferentes, cada uma em um canto e nas duas, o goleiro demonstrou a frieza de sempre.
Raí nem tanto. Na segunda cobrança,por exemplo, o meia pisou na perna do arqueiro corinthiano, o tirando da partida.
No entanto, coube a Maurício, seu reserva terminar a partida e ainda fazer uma grande defesa em finalização do ex-corinthiano Souza.
Corinthians: Números da campanha
Na primeira fase, o Corinthians disputou 21 partidas, tendo vencido 14 vezes, empatado duas e perdido outras cinco partidas.
Nos play-offs decisivos foram mais oito partidas, passando pelo Guarani com uma vitória e dois empates, pelo São Paulo com duas vitórias, sem necessidade da terceira partida e pelo Atlético/MG com uma vitória, um empate na decisão e uma derrota no primeiro jogo disputado no Mineirão.
O forte sistema ofensivo corinthiano marcou 61 gols e sofreu 38 gols.