Desde o começo da negociação, o Corinthians já sabia que os direitos econômicos de Ivan estavam atrelados à uma dívida que a Ponte Preta tem com Fernando Garcia, empresário que agencia o atleta.
As administrações do clube de Campinas acabaram fazendo uma dívida com Garcia e colocaram a venda do goleiro como garantia para a quitação dela. Atualmente, com juros e correções, o montante devido ao empresário chega perto de R$ 11 milhões.
O Corinthians comprará 50% dos direitos econômicos do jogador, mas o valor a ser pago ainda não foi divulgado. O restante dos direitos ficarão com o próprio atleta no papel, mas na prática ficarão com seu agente para que ele possa reaver o dinheiro emprestado à Ponte em uma eventual venda. Fernando Garcia também assinará um termo de quitação de dívida por parte da Macaca, assim que a negociação for concluída.
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Qual era o outro problema envolvendo o goleiro?
Além da dívida com Fernando Garcia, a Ponte Preta tem cerca de R$ 3,9 milhões a pagar para o ex-zagueiro Rodrigo.
Os valores devidos pelo clube são referentes ao fundo de garantia, salários atrasados, cláusula compensatória, verbas rescisórias e mais. Em 2020 a Justiça determinou a penhora de diversas cotas da Macaca, para garantir o pagamento das pendências. Nesse pacote, entrava “uma eventual transferência de Ivan”, por exemplo. Todo o valor deveria ser depositado em juízo, limitado ao valor da ação.
Nesta última quinta-feira (27), um acordo foi homologado na 5ª Vara do Trabalho, pelo juiz Marcelo Chaim Chohfi, onde ficou determinado que 5% do valor bruto das cotas da Copa do Brasil e da Série B sejam depositados em juízo – e o mesmo acontecerá com as cotas do Paulista a partir de 2023. Isso acontecerá até que toda a dívida seja paga.
Esse problema não impadia que a negociação acontecesse, mas causava problemas para o Corinthians na hora em que ia fazer o registo dele na CBF.
Ivan tem 24 anos e foi revelado na própria Ponte Preta. Chegou a ser convocado duas vezes para a Seleção Principal, além da titularidade no último Pré-Olímpico. A intenção é que o atleta divida com Donelli, Guilherme e Carlos Miguel, a “função” de fazer sombra para Cássio e, quem sabe, ser o titular da posição daqui a alguns anos.