A saída de Jô ainda tem desdobramentos dentro do Parque São Jorge. O atleta abriu mão de salários que tinha a receber, mas o clube ainda tem uma dívida com ele. Além dessa dívida, a contratação dele é alvo de ação jurídica na Fifa e pode render um prejuízo milionário ao clube.
Quando saiu do Corinthians em 2017, o clube tinha um débito com o atacante. Esse valor foi diluído mensalmente em parcelas de R$ 150 mil, a ser pago entre janeiro de 2021 até dezembro de 2023, quando o contrato venceria. Há também as luvas referentes à contratação, que na época foi de R$ 2,3 milhões. Esse valor foi dividido em parcelas de R$ 55 mil também até dezembro de 2023.
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Dívida na Fifa
A pior parte é dívida que provavelmente recairá sobre o clube em decorrência da contratação dele, em junho de 2020. Jô vinha atuando pelo Nagoya Grampus e, durante a pandemia acabou acertando sua volta ao alvinegro sem aguardar a anuência do clube japonês.
Em resposta a isso, o Nagoya Grampus acionou a Fifa e a instituição máxima do futebol, que condenou o clube brasileiro a pagar U$ 3,4 milhões pela contratação (aproximadamente R$ 16,6 milhões pela cotação atual).
A fim de tentar evitar mais uma dívida grande, o Corinthians apelou para a Corte Arbitral do Esporte (CAS) e agora aguarda o julgamento do recurso. O julgamento deverá ocorrer em até 90 dias, mas o Timão segue torcendo para que a condenação seja revertida.
Depois de ser muito importante para o título Brasileiro de 2017, Jô se despediu do Corinthians de maneira melancólica. E não só por conta de mais um ato de indisciplina, mas também por uma passagem bastante aquém do esperado, com alguns poucos momentos de futebol eficiente. Revelado pelo terrão, o jogador alcançou algumas marcas relevantes em suas passagens pelo Parque São Jorge, e agora deixa o clube pela porta dos fundos.