O Corinthians venceu o Flamengo e se garantiu na fase de grupos da próxima Libertadores da América.
Até aí, tudo bem. Sylvinho também conseguiu, mesmo que a duras penas, a mesma “façanha”.
Isso posto, o que eu espero do Corinthians para o ano que vira?
Antes de mais nada, um planejamento decente, com a manutenção necessária da atual comissão técnica, analisando bons reforços, identificando todas as carências do elenco e contratando peças de qualidade, para suprir tais problemas e manter o nível de quem não esteja em campo.
O nome de Pedro Raul já é um bom alento, mas não pode parar por aí.
Corinthians: Lições de 2022!
Os elencos campeões de 2023 possuem equilíbrio em praticamente todas as posições.
Flamengo e Palmeiras também ensinam que o melhor reforço, as vezes é segurar quem já está no clube (Yuri, Balbuena).
Para o Corinthians é difícil, já que se trata de um clube com grandes dividas e propostas salvam finanças, assim como boas campanhas e títulos também.
A primeira disputa é o Paulistão, e utilizar o estadual como teste será importante.
Ambientar os novos reforços, achar o esquema ideal, encontrar soluções para os problemas que possam aparecer e lá na frente, disputar o título.
Um time da grandeza do Corinthians precisa ter o estadual sempre à mão e se o maior rival é o Palmeiras, então que se trabalhe para se aproximar ou brigar em pé de igualdade com o atual campeão brasileiro.
A Copa do Brasil deve ser levada com a seriedade que foi encarada em 2022.
A vaga na final não veio por acidente, apesar dos percalços, principalmente em Goiânia.
Os adversários foram caindo um a um, e o nível alto veio exatamente nessa competição.
Os melhores jogos da temporada corinthiana estão na Copa do Brasil e o título não veio por detalhes.
Encarou o dito melhor elenco do país e um VAR mal utilizado, assim como dois pênaltis mal batidos deixaram a taça na Gávea.
Além disso, o torneio nacional é uma verdadeira mina de ouro, com premiações das mais altas a cada fase avançada.
O Brasileirão é um campeonato de 38 rodadas e cada uma vale a mesma coisa.
Campeonato longo requer elenco equilibrado, numeroso e capaz de suportar a longa maratona de jogos a cada três dias com viagens longas e competições intercaladas.
O BR é campeonato para quem não desmancha elenco no meio do ano, para quem, mesmo que com uma equipe alternativa, consiga chegar em Salvador e fazer um bom jogo contra o Bahia, ir até o Sul e fazer um bom jogo contra o Athletico/PR.
Brasileiro é regularidade, mas o Corinthians sabe disso, já que levantou essa taça por 4 vezes depois que foram instituídos os pontos corridos.
O principal objetivo
A Libertadores é a jóia da coroa e alguns chavões andaram caindo nos últimos anos.
Por exemplo, a catimba já não tem tanto espaço, as arbitragens caseiras já não causam o mesmo dano de antes, o escudo no escanteio já não é mais necessário e o principal: A qualidade técnica se sobrepôs.
O Corinthians eliminou o Boca Juniors num jogo mais parecido com as decisões noventistas, regadas de muito drama, mas na mesma Libertadores, o Flamengo chegou em Buenos Aires e aplicou um 4 a 0 no Velez que havia tirado o River Plate na fase anterior.
Para fechar, volto lá no começo do texto, quando falei sobre planejamento.
Se for feito com sabedoria, critérios e qualidade, tudo isso se torna possível.
Toda a sequência do texto só será possível com planejamento.
Havendo um, as perspectivas para 23 serão boas.
Caso contrário, o Corinthians continuará vendo rivais levantando taças.
Desde que essas equipes começaram a sobrar, nunca a distância foi tão pequena como agora.
É saber aproveitar e entrar nesse seleto grupo.
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