Para delírio da fiel e desespero dos seus detratores, Vitor Pereira está perto de uma conquista pessoal: Deixar de ser o Sylvinho português.
O desempenho fora de casa ainda parece com o do antecessor, mas a pontuação geral está próxima de ser superada.
Os 57 pontos de 2021 devem ser superados nessa edição, já que ainda faltam sete jogos para o final.
Sylvinho bateu 57 na penúltima rodada do BR-21, graças ao frustrante empate contra o Grêmio, que poderia rebaixar o rival, mas só adiou o acontecimento para a última rodada da competição.
Claro que o rótulo só cabe para aqueles que insistem que o trabalho de VP é aquém e que a comparação é merecida.
O time do ano passado acumulava atuações abaixo da crítica e a força da fiel empurrou muitas vezes o Corinthians para as vitórias pós-pandemia.
Diferente de alguns shows já vistos em 2022, como as goleadas sobre Santos e Atlético/GO, a grande vitória diante do Fluminense e outros jogos que merecem consideração.
Sylvinho venceu Derby, algo que Vitor Pereira não fez.
Alias, nesse sentido, o ex-treinador tirou onda.
Vitor ainda não emplacou em clássicos, e não será nessa temporada que mudará esse cenário, que para o torcedor tem peso 2 (3, talvez 4 ou 5).
Só resta o Santos na Vila Belmiro, logo depois do término da Copa do Brasil e esse clássico ou será um jogo de “entrega de faixas” ou de uma ressaca pós-derrota.
Vitor Pereira, o novo Jair Ventura?
Aliás, falando em Copa do Brasil, Vitor Pereira também pode aposentar outro rótulo: O Jair Ventura lusitano.
Óbvio que o feito de Jair foi importante, pois levou um time desacreditado e sem perspectivas para uma decisão contra o bicho papão da época, mas Vitor Pereira fez o time jogar.
Teve dissabores contra o Atlético/GO (Sylvinho também, só não reverteu o placar da ida), mas virou com sobras.
Soube sofrer no Maracanã e na volta deu espetáculo com a Neo Química Arena em êxtase.
Vitor Pereira reconhece que demorou para entender o futebol brasileiro, que teve que se adaptar ao maluco calendário sul-americano e que o estilo de jogo que gosta não é esse.
Seria uma pena se, logo agora que entendeu tudo isso, fosse embora no final da temporada.
Porque apesar de tudo que ele mesmo reconhece, não dá para dizer que o trabalho é ruim, não dá pra dizer que o Corinthians de hoje não permite que seus torcedores sonhem com objetivos maiores em 23.
Quartas da libertadores desde 2012, final da Copa do Brasil com chance de título, Brasileirão com vaga encaminhada para a Libertadores da América (título não seria possível com tanta irregularidade e lesões a granel).
Vitor está há metros de uma classificação no Brasileirão melhor que o ano anterior e de um título pra lá de importante.
Para delírio da fiel e desespero dos seus detratores!
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