Longe dos olhos do MP paulista, mais um episódio de briga entre torcidas marcou o sábado de futebol às vésperas de mais uma eleição no país
Justamente no dia em que marcou a volta das bandeiras com mastro aos estádios paulistas, após anos de proibição das autoridades.
A briga, que novamente acontece, mostra que a rigidez do Ministério Público não consegue coibir a violência no futebol, logo, afastar o que há de belo nos estádios torna-se apenas uma medida sem sentido.
Os sinalizadores pisca pisca não são iguais aos sinalizadores navais de Oruro 2013, mas estão proibidos, assim como estavam as bandeiras com mastro.
O problema não são os artefatos, mas quem os porta.
O que o MP pode fazer para coibir esses encontros?
Qual o próximo passo? Fechar o metrô em dias de jogos?
Porque não havia o que pudesse ser feito no sábado (01).
A final da Copa Sul-americana já estava previamente marcada e as eleições no Brasil também.
Jogar a partida do Corinthians para sexta não parecia uma boa ideia, pois o Timão jogara dois dias antes.
Segunda-feira também não daria, já que o jogo contra o Juventude seria um dia depois.
Policiamento ? Bem, até estava lá, mas não rápido o suficiente para impedir as agressões mútuas entre torcidas rivais e atrapalhar a rotina daqueles que nada tinham a ver com a confusão.
O MP tem as melhores intenções, acredito, porém o problema está muito longe de serem as luzinhas que colorem os estádios ou os mastros das bandeiras.
“Guerra” sem fim
É preciso muito mais para que essas brigas acabem, e o principal talvez fosse a conscientização daqueles que “gostam” da “guerra”, como definiu Paulo Serdan, presidente de honra da Mancha Alviverde, principal organizada do Palmeiras.
E disse isso após mais um embate entre torcidas.
No caso, aquela que ele próprio representa e a torcida do Cruzeiro, a Máfia Azul, nessa última semana.
Infelizmente, é um longo processo para acabar com tudo isso, e não conseguimos nem dar o primeiro passo.
O São Paulo perdeu, o Corinthians ganhou, as torcidas brigaram, todo mundo perdeu e o MP segue com suas medidas ineficazes.
Artefatos que abrilhantam o espetáculo não têm CPF, torcedor brigão sim.
Mas, e as bandeiras?
Bem, elas tremularam sem maiores problemas.
No céu itaquerense, não na cabeça de quem quer que fosse em alguma estação de metrô da vida, como deve ser sempre.
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