Em entrevista coletiva após derrota por três a zero para o líder Atlético/MG, Sylvinho garantiu que está em harmonia com jogadores e diretoria, mas, fora dessas esferas, a torcida segue questionando (e muito) o trabalho.
Por alguns momentos, o treinador passou a impressão de que seu trabalho é bom, inclusive superando trabalhos anteriores.
Trechos da Coletiva
Por exemplo, Sylvinho destaca que há tempos o clube não briga por vaga na Libertadores, e que em seu comando, isso está acontecendo.
“Estamos em condições diretas de buscar uma vaga direta à Libertadores, coisa que faz tempo que não consegue.”
Sim, mas o desempenho salta aos olhos do torcedor.
O time vinha de seis pontos ganhos em casa, contra Chapecoense e Fortaleza, porém com desempenhos pra lá de duvidosos, com poucas finalizações, pouca inspiração e gols vindos no final, após o conhecido abafa, feito por jogadores vindos do banco.
Esse fato poderia jogar a favor de Sylvinho se não fosse por um detalhe: As mudanças sendo feitas para corrigir o time que ele mesmo escalou desde o início e depois de assistir a equipe naufragar na falta de criatividade nos primeiros tempos de ambas as partidas.
Ainda assim, Sylvinho destaca a harmonia com jogadores e diretoria.
Em pergunta feita por este veículo de comunicações sobre como pretendia se recuperar para a partida de sábado, Sylvinho respondeu da seguinte forma:
“O importante são os atletas performarem e se sentirem bem.
Planejamento curto a se desenvolver, seguindo desenvolvendo o trabalho. O ambiente interno ser bom, os atletas acreditarem no que estamos fazendo.”
Na mesma resposta, Sylvinho cita o presidente Duílio Monteiro Alves:
“Tenho harmonia com os atletas, presidente, entendimento deles em relação ao trabalho, sabemos o que estamos fazendo e momento do clube.”
No entanto, apesar do discurso firme, a torcida segue criticando e apontando erros no trabalho de Sylvinho.
A insistência no esquema tático, as alterações questionáveis, a insistência com jogadores que não rendem fora de posição, escalação inicial problemática, insitência com atletas que estão em mal momento, entre outros problemas.
Sylvinho : Soluções não resolvem. Por que ?
Contratados como solução para a criação do time, Renato Augusto e Giuliano têm sofrido no esquema de Sylvinho.
Pelos números, Roger Guedes vem sendo mais efetivo, pois fez mais gols, mas e os meias criativos ?
Com Sylvinho, Renato tem sido utilizado com falso 9, mas também já foi segundo volante e na sua posição de origem, poucas vezes foi utilizado.
Giuliano já foi segundo volante, ponta e até tem atuado mais pela meia, mas seu jogo também não tem sido favorecido no 4141.
Desde que escalou Cantillo, ao contrário do que muitos pensavam (e queriam) num Derby quando não contaria com o suspenso Gabriel e venceu tendo méritos, Sylvinho parece querer assinar todas as suas escalações, mas as seguidas correções de rota mostram que muitas vezes, o simples pode ser o correto a se fazer.
Sylvinho se mostra inflexível com a mudança do esquema tático e só desfaz o desenho quando em situações de desespero na partida.
Não foi uma vez que o treinador empilhou atacantes no final das partidas.
Contra Sport e São Paulo, por exemplo, Mantuan, Jô, Mosquito, Ádson, todos foram utilizados.
Muitas vezes, todos juntos.
Também não foi uma vez que alguma imagem do jogo mostrou um meio campo muito espaçado durante momentos da partida.
Porém, como Sylvinho disse ou deu a entender, o ambiente é ótimo e o trabalho tem alcançado resultados expressivos não alcançados há tempos.
Os números sustentam o trabalho, mas o desempenho também precisa ser analisado.
E a torcida, que tanto tem ajudado o Corinthians, não deve ser deixada de lado.
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