20 de junho de 2012. Noite de Corinthians, de Danilo, de Cássio e de semifinais no Pacaembu.
O Timão entrava em campo para decidir a vaga para as finais da Libertadores de 2012 contra o Santos.
O Peixe viria com tudo que poderia para cima do Corinthians, já que havia perdido em casa há uma semana, com gol de Sheik, que não atuaria por ter sido expulso na Vila Belmiro.
Tudo certo: o técnico Tite, com o elenco na mão, tinha outras peças decisivas, como Danilo, por exemplo.
Danilo já tinha marcado três gols naquela edição da Libertadores, entraria novamente na história do Alvinegro, definitivamente na história do clube.
Primeiro tempo – Neymar aparece
Equilibrado como deveria ser, o clássico começou estudado.
Na bola parada, Alex tirou grande defesa de Rafael Cabral.
Também na bola parada, o Santos tentava chegar, mas sem sucesso.
Cássio fazia a sua parte e parava as tentativas do time da Baixada.
Na base dos contra ataques, Alex, Danilo e Willian tentavam, porém batiam na boa defesa adversária.
Até que aos 34 do primeiro tempo, Neymar arrancou, Borges cruzou, Alan Kardec desviou na trave e Neymar completou com o gol aberto: Santos 1 a 0.
Com o resultado, a partida iria para os pênaltis, e o Timão tentou o empate.
Jorge Henrique para em Rafael e assim terminou o primeiro tempo, com o Peixe na frente.
Segundo tempo – Danilo resolve
Na volta para o intervalo, a torcida corinthiana estava tensa.
Só um gol no início para acalmar os ânimos alvinegros.
Para esfriar ainda mais um Pacaembu frio na temperatura ambiente e quente dentro do gramado.
Falta pela esquerda, Alex vai para a bola.
Aquela bola parada que tanto ajudou o Corinthians até aquele momento.
Era ela novamente que traria paz aos corações corinthianos.
Alex levanta para a área, o relógio marca dois minutos do segundo tempo, a bola passa por todo mundo, mas não por Danilo.
Oscar Ulysses, o lendário narrador da Rádio Globo, deu a letra: Gelaaaaado!
Danilo, gelado!
No lugar dele, qualquer jogador mandaria a bola para longe, mas não Danilo.
Bola na coxa e nas redes.
Daí para a frente, o Santos tentou o gol que daria a vaga direta, já que, com o regulamento antigo da competição, o gol fora de casa classificaria o time de Neymar para a decisão.
Ainda havia tempo para o surgimento de um outro personagem improvável.
O Corinthians tentava cobrar uma falta pelo lado esquerdo, mas o Santos não respeitava o espaço.
Eis que Altemir Hausmann, o auxiliar de Leandro Pedro Vuaden, entra no gramado e faz um semicírculo gigantesco, levando a fiel ao delírio.
Não faltava mais nada: Danilo já havia colocado o Corinthians na decisão.
Faltava o Boca Juniors.
Faltava o título.
A história estava sendo escrita pelos comandados de Tite.
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