Aviso de Cookies

Vítor Pereira concede mais uma boa coletiva

Caíque Guirao

Updated on:

Fora da partida contra o Always Ready por conta de uma expulsão durante a partida contra o Boca Juniors, Vítor Pereira concedeu uma longa entrevista na tarde desta última sexta-feira. Ele respondeu sobre a ausência de Fagner, a situação de Róger Guedes e até falou sobre a menção ao Liverpool. Essa menção foi inocente, mas nem todo torcedor gostou da comparação.

identidade corinthiana idc idcsccp foto felipe szpak ag corinthians vitor pereira concede mais uma boa coletiva

Ausência de Fagner

Henrique Manfio, do canal Identidade Corinthiana, perguntou ao treinador sobre a importância de Fagner e as consequências de sua ausência. O lateral teve um entorse no tornozelo direito na partiva contra o Deportivo Cali e, desde então, já perdeu 6 partidas.

“Isso é uma injustiça. O Fagner é um jogador importante. Se nós temos alternativa ao Fagner para jogar pelo lado direito, era mais fácil. Agora o que acontece é que o João Pedro lesionou-se no momento em que o Fagner já estava lesionado. O Rafal teve o problema com o Internacional que nós, do ponto de vista humano, temos de entender que, emocionalmente, desequilibrou um bocadinho. Não está inscrito na Libertadores…”.

Vítor Pereira prosseguiu dizendo sobre as alternativas que tentou buscar para suprir essa necessidade.

“Quer dizer que nós já tivemos que jogar com o Piton à direita. Mais uma invenção. ‘Mais uma invenção’, quer dizer, nós estamos aqui para encontrar soluções e às vezes, quando não dá para ir de uma forma, temos que ir de outra. E agora estamos a tentar a criar uma solução como o Mantuan que ele, para mim, tem uma capacidade física tremenda, tanto para se envolver no posicionamento ofensivo quanto para recuperar o posicionamento defensivo. Não é lateral direito, mas eu tenho que encontrar soluções. Por isso a mudança de sistema”.

O treinador seguiu reforçando a ideia de buscar alternativas pois é para isso que ele está lá, e não para se queixar. E finalizou dizendo para que as pessoas evitem de criar expectativas desmedidas sobre as possibilidades do clube pois isso pode causar um efeito negativo. É preciso estar consciente sobre a realidade da equipe e, dentro dessas possibilidades, tentar lutar por todas as competições que está participando.

Treinador falou sobre a menção ao Liverpool

Ao analisar o que disse quando falou sobre o clube inglês, Vítor Pereira concluiu que não foi algo bacana de se dizer.

“Queria abordar aquela minha infeliz expressão ao Liverpool para tentar explicar. Ouviram minhas palavras, não fui feliz ao expressar aquilo que queria, porque, muitas vezes, nós, em frente às câmeras, queremos expressar determinada coisa e nem sempre conseguimos. Ficou meio no ar, esquisito, e não tenho problema nenhum em pedir desculpas a quem ofendi. Corinthians é um grande clube, com uma histórica fantástica, com um povo que me trata bem, faz eu me sentir em família. Nunca na minha vida quis desrespeitar o clube. O que quis dizer é que também gostaria, em um contexto de querer decidir nossa vida, de treinar o Liverpool. Se o Liverpool me chamasse para jogar a final da Liga dos Campeões, que é o que eu queria dizer, eu iria, mas interrompi”.

O português justificou dizendo que se interrompeu durante o raciocínio e queria dizer que teria vontade de disputar uma final de Champions, caso fosse chamado. Quando mencionou o clube vermelho, ele quis fazer um comparativo sobre “vontade”, já que havia sido perguntado sobre a vontade de Róger Guedes em atuar de determinadas maneiras.

“Não fui feliz naquilo que disse. Acho que temos que perceber o contexto, às vezes procuro pensar adiantado e interrompo um raciocínio. Não quis comparar Liverpool com Corinthians, não quis dizer nada disso. O que quis dizer é que gostaria de disputar a final da Champions, porque isso é um sonho de qualquer treinador”.

Róger Guedes

O técnico quis colocar um ponto final em relação às incessantes perguntas sobre o atacante.

“Vou tentar hoje finalizar esse assunto do Róger. Não sou de novelas. A verdade não vende, as pessoas só querem saber do polêmico. Para Róger ou qualquer jogador. Duílio quando cheguei me pediu para ser exigente. Todos os meus títulos foram à base de exigência, compromisso, trabalhar no limite, dar tudo de nós, estar sempre no nosso melhor momento em treino e jogo. Isso não é negociável”.

O treinador falou que já conversou com o atleta mais de uma vez.

“Minha exigência comigo tem de ser igual a dos meus atletas com eles, para Róger ou qualquer um. Compromisso, entrega, espírito de sacrifício, lutar todos os dias, ser o melhor, claramente dizer para mim que quer jogar, que quer ajudar. Já tive uma, duas, três conversas. Ele é quase um filho, é boa pessoa, bom menino, mas você tem uma, duas, três conversas e não vê alteração nenhuma, depois ele só acredita nas ações”.

Veja mais notícias do Timão
O Corinthians do próximo parágrafo

Próximo jogo

Cobrança ao atacante e aos demais atletas

O português ainda comparou a cobrança que faz ao atacante, e aos seus demais atletas, com as cobranças que faz aos seus filhos.

“Com meus filhos é igual. Falam que estudam, não estudam, se não vejo resultados, ou mostra ou não mostra. Hoje estou convencido no caso do Róger. Fica a sensação que eu sou o mal por exigir o melhor para o clube, para colocar todos no mesmo nível, para lutar, ser competitivo, eu que sou mal. Isso não posso aceitar. Dizem que não tinha a necessidade de expor, mas chega a altura que precisa expor. Toda vez sou cobrado, como se eu estivesse mal e ele bem. Ele e os outros”.

Por fim, Vítor Pereira concluiu reafirmando que sempre apoiará o jogador, mas espera que ele mude após as conversas que teve, a fim de conseguir sempre trazer o melhor para a equipe.

“Chega ao treino, luta, se entrega, é competitivo, chega no jogo, luta, se entrega jogando 10, 20 ou 30 minutos, na esquerda, na direita. Vão ter sempre oportunidade. Agora, se eu sentir que não estão dando o máximo por estar contrariado… Eu já fiquei contrariado muitas vezes. Róger e qualquer jogador vai sempre ter o meu apoio, não coloco ninguém de lado, mas não posso conversar várias vezes e ele seguir o mesmo. Nos últimos dias, já vi um Róger diferente. Espero para o bem do clube, para o meu, para o da torcida, que ele de fato se entregue à causa, que tenha compromisso, tem que se respeitar ele próprio, sermos exigentes conosco e estar no melhor nível. É o mínimo a fazer”.

Deixe um comentário