Apesar da vitória importante, Vítor Pereira diz que tem se sentido cansado, principalmente depois de uma semana com tantas emoções fortes como essa última. Ele questionou o cartão vermelho recebido basicamente na primeira reclamação que fez ao árbitro, mas reconheceu que precisa dormir melhor para se acalmar mais.
“Às vezes é preciso entender a montanha de emoções de uma semana como essa. Muitas vezes eles esquecem que de três em três dias vivemos emoções atrás de emoções na Argentina, difíceis de serem geridas, hoje também. É natural que não ando calmo, não consigo dormir, hoje dormi muito mal. Uma situação que é possível grande penalidade é natural que se reclame, pode nem ser. Mas não é natural mostrar um cartão vermelho na primeira reclamação do jogo. Tenho que estar mais tranquilo, mas tenho que dormir melhor, descansar mais, e não tem sido possível”.
O técnico novamente apontou que mal há tempo para descansar entre um jogo e outro, ainda mais quando vai se chegando à fases mais agudas das competições. Ele disse que já haviam dito dessa dificuldade para ele, entretanto só compreendeu quando a sentiu na pele.
“Estou um pouquinho cansado de emoções, precisava acalmar um pouquinho, já temos o jogo com o Santos. Mal acaba o jogo, e minha preocupação já é que equipe vamos contra o Santos, os jogadores disponíveis, quem tem risco de lesão. Temos um bom resultado, mas é um jogo que não se pode facilitar. Precisava acalmar um pouco as emoções, mas o Brasil é uma montanha-russa de emoções. Não é fácil. Já me tinham dito, mas tive de vir para ver e sentir”.
Evolução na hora certa
O alvinegro vem crescendo nos momentos decisivos. Mesmo sem conseguir atacar muito, principalmente pelos desfalques da equipe, Vítor Pereira elogiou a capacidade do Corinthians se segurar em momentos decisivos.
“O time está criando casca na hora certa. Com o tempo, começamos a perceber que para estar nas três frentes e para da resposta a dois jogos difíceis, como na Bombonera e aqui contra o Flamengo, teria que ter um pouquinho de maturidade tática. Não dá para pressionar sempre, jogar sempre no campo aberto, do ponto de vista físico não estamos com essa disponibilidade. A equipe adquiriu essa maturidade tática quando não tem bola”.
Foco na defesa
Apesar de alterar a maneira de jogar no intervalo, o treinador optou por retomar uma formação mais defensiva para terminar a partida. E vale citar que surpreendentemente o time conseguiu criar mais, mesmo após as entradas de Bruno Melo e Bruno Méndez.
“O sistema defensivo é no sentido de dar uma resposta a um período de grande dificuldade que passamos. Tínhamos vários lesionados, na Argentina perdemos o Mantuan, o João Victor foi embora, hoje o Piton saiu com suspeita de fissura ou fratura no dedo do pé, espero bem que não. É no sentido de dar uma resposta à sequência de jogos muito grande, com grau de dificuldade grande, para controlar o jogo. Fizemos 1 a 0 e controlamos o jogo. Custava ter soluções para continuar pressionar alto, mas não era possível. Quando não é, é defender bem, contra-atacar e garantir os três pontos”.
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Mais jogadores saindo?
A saída de Gustavo Mantuan pode atrapalhar um pouco o rodízio promovido por Vítor Pereira, já que ele conseguia atuar de maneira competente em mais de uma posição. João Victor e Ivan também saíram, e a diretoria não descarta a possibilidade de perder mais atletas, mesmo que tenha batido a meta de arrecadação em vendas no ano. No entanto essa possibilidade preocupa o comandante alvinegro.
“Sobre a saída de jogadores, espero que a equipe não perca, as opções são poucas. Preocupados com a recuperação dos lesionados, se vierem para jogo, passamos a ter mais soluções, e depois há uma ou outra situação que o clube está consciente da necessidade de ir ao mercado, estão trabalhando, há que esperar o resultado do trabalho no mercado”.
Até o momento o clube oficialmente anunciou Yuri Alberto, e tudo indica que também trará Balbuena de volta. Ambos ficarão emprestados até a metade do ano que vem.