A vitória na quarta-feira passada contra o mesmo Santos, fez a torcida ficar bastante empolgada para a partida de hoje. No entanto, a necessidade de trazer uma escalação diferente dificultou as chances corinthianas para um placar positivo. E Vítor Pereira admitiu isso.
O treinador admitiu que havia risco em fazer todas essas alterações, mas a situação “pediu” para que isso fosse feito.
“Naturalmente que, quando tem que mudar, tem que mudar, fica um jogo menos controlado. Sabíamos que correríamos esse risco, mas temos que correr o risco. Se não fizermos a gestão dos jogadores. Fagner fez um jogo completo como não fazia há muito tempo. João Victor vinha de um tempo parado há muito tempo e sentiu uma pancada no pé, precisamos resguardá-lo”.
O português também relembrou dos jogadores que estão lesionados e a dificuldade de contar com quem acabou de ficar novamente disponível.
“No meio, Maycon está fora, Renato está fora lesionado, o Du sentiu. Era 45 minutos Du e 45 o Giuliano. Cantillo está fora por castigo. Na frente não tínhamos o Róger, apostamos no Felipe. O Júnior Moraes estava parado e tentou ajudar, mas estava há muito tempo fora. O cenário é este. Não posso dizer mais nada. A realidade é essa”.
Avançar nos torneios tem suas dificuldades
Vítor Pereira falou com que espírito a equipe enfrentará o Boca Juniors. Principalmente pelas dúvidas e desfalques que o clube vem enfrentando antes dessa partida tão importante. É válido lembrar que Cantillo será desfalque certo, enquanto Du Queiroz e Renato Augusto são dúvidas.
“Parece que surge na altura que de fato estamos a passar uma fase que vocês imaginam. Acaba um jogo e começo a pensar, tentar perceber que time vou apresentar. Não está fácil, não está fácil. Mas o Corinthians é feito de homens de luta, homens de trabalho, homens resilientes, homens que sabem sofrer também. Vamos com esse espírito para jogar com o Boca”.
Mantuan fora do Corinthians?
A negociação por Yuri Alberto pode envolver a ida de Ivan e Gustavo Mantuan para o Zenit. Era óbvio que a pergunta seria feita para o treinador.
“Mantuan é meu jogador, ainda é meu jogador (risos). Conto com ele para o próximo jogo. Só posso falar de Mantuan como meu jogador, não vou falar do que pode acontecer, não tenho bola de cristal, não posso prever o futuro. Falei das situações concretas. Mantuan é um jogador importante, faz mais de uma função, normalmente com qualidade. Temos que gerir porque ele também estava desgastado. Eram 45 minutos com Mantuan e 45 com Willian para ter os dois no jogo, assim como Du Queiroz e Giuliano. Conto com ele para o próximo jogo”.
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O técnico no Brasil e a pressão por resultados
Vítor Pereira reconhece que os torcedores de clubes grandes como o Corinthians esperam ganhar jogos e títulos, mas sabe que o trabalho é bem mais complexo do que isso.
“Ganhamos do Santos há quatro dias, mas os torcedores, apesar dos desfalques e dos muitos miúdos, queriam a vitória, quer que se ganhe e se possível de goleada. Em três dias, querem que ganhemos do Boca de goleada se possível. Isso é a paixão dos torcedores, temos que entender isso, mas, ao mesmo tempo, se o clube pensar a médio prazo, tem que começar a estabelecer diretrizes para construir uma equipe cada vez mais forte”.
O treinador novamente mencionou a falta de tempo para desenvolver os jovens da maneira como gostaria, mas precisa trabalhar como pode, sempre visando buscar o melhor resultado possível dentro dessa realidade. Contudo ressaltou o imediatismo como muitos veem os resultados no futebol aqui no Brasil.
“Com as mudanças de hoje obrigatórias, não era possível manter a mesma dinâmica do jogo de quarta-feira. Precisávamos que os lesionados estivessem disponíveis. Com menos alterações e mais qualidade, provavelmente seria possível. Quando ganha, há projeto. Quando perde, acaba o projeto. Geralmente é assim”.