Apesar de ter voltado ao segundo tempo com uma vantagem no placar, o Corinthians não conseguiu segurar a vitória e acabou cedendo o empate. Vítor Pereira lamentou o fato, se disse triste e novamente bateu na tecla do grande número de lesões recorrentes entre o elenco.
“Não posso fazer milagres. De vez em quando acontece um, mas não pode ser assim sistematicamente. O adversário vai pondo cargas e nós não temos carga para colocar. Maycon, Paulinho, Raul, Adson (fora)… essa é a realidade. Quem não quiser ver, que não veja. Estou triste, hoje perdemos a oportunidade de chegar no segundo lugar. Mas, pelo segundo tempo que fizemos, não merecíamos outra coisa”.
O treinador falou que enquanto a equipe conseguiu pressionar, virou o placar e estava em boa situação. No entanto a história começou a mudar assim que Fagner sentiu um desconforto muscular e precisou sair.
“Tivemos o problema do Fagner no intervalo, que teve que sair para entrar o Rafael. Decidimos ir para a segunda parte com a mesma equipe, explicamos no intervalo que era para continuar a pressionar, não poderíamos recuar, senão eles começariam a jogar. E depois chegamos numa fase, com 10 minutos, percebemos que a equipe não conseguia pressionar. Isso é para cair a ficha à toda gente que critica”.
Falta de opções ofensivas/criativas
O técnico enumerou as opções que tinha para tentar colocar jogadores descansados em campo, e realmente fica difícil contestar que, embora tinha opções para contenção, o time não tinha condições de manter a qualidade ofensiva.
“Soluções para a frente: tínhamos o Vital e o Giovane. O Internacional começa a ter mais carga, velocidade, mais gente com características ofensivas. Para jogar no meio nós tínhamos: Cantillo, Roni e Xavier. Para frente, Giovane, um menino, e o Vital, que vem de uma paragem longa. De fora deste jogo: Renato Augusto, Maycon, Du Queiroz, para não falar do Paulinho, Adson, Piton, Raúl. Estamos aqui a falar de quê? De uma segunda parte que, no momento em que precisamos refrescar a equipe… A questão é que as soluções que tivemos nesse jogo foram essas”.
O português comentou a situação de maneira um pouco mais enérgica, deixando ainda mais clara a frustração pela perda de 2 pontos em casa.
“Quando muito, podiam andar ali mais cinco ou dez minutos, mas já com a equipe a vir para trás, sem capacidade de pressionar. Diga a mim quem é o iluminado que com essas opções consegue manter o nível da equipe, a pressionar e a jogar. É isso o que tenho a falar desse jogo”.
Renato Augusto
Vítor Pereira disse estar preocupado com o camisa 8, não só para a partida contra o São Paulo, mas também para o jogo de volta da Copa do Brasil, contra o Fluminense.
“Preocupado estou. Hoje não estava em condições para ir para jogo, esperamos que ele se recupere a tempo das decisões que vêm, o jogo do Fluminense (dia 15), ele precisa de condição física”.
O treinador, portanto, deu a entender que deverá poupar atletas para o Majestoso.
“Contra o São Paulo, vamos fazer uma equipe que nos permita competir, mas depende da recuperação deles. Agora temos a semana e espero que tenhamos mais soluções para o jogo contra o São Paulo, sabendo que o próximo é uma eliminatória e pode nos dar a final”.
Veja mais sobre o Timão:
+ Corinthians tem 11 titulares. E elenco?
+ Próximo jogo
Róger Guedes
Vítor Pereira fez observações sobre o atacante, e como ele tem se desdobrado para ajudar a equipe.
“Ele tem procurado fazer, procurado às vezes vem demasiado baixo, perde um bocadinho depois da capacidade porque fica longe da área do adversário. Eu continuo a achar que ele não é um extremo, é um segundo atacante, que nos obrigaria nessa altura da época alterar nosso estilo de jogo, é um risco grande, porque não temos referências, perderíamos referência. Peço para ele fechar corredor, ele não tem tanta noção. Nós jogamos zonalmente, para ser agressivos na zona, ele está a tentar para cumprir suas funções defensivas. Com a bola, tem qualidade, de vez em quando consegue criar situações e hoje voltou a fazer. Portanto, satisfeito com o trabalho dele”.