O Corinthians fez um jogo bastante consistente e caminhava para ao menos pontuar dentro da Neo Química Arena, até que um lance no meio do segundo tempo mudou tudo. Vítor Pereira entendeu que sua equipe foi melhor e que poderia ter saído com a vitória.
“Sobre o jogo, fomos melhores, fomos melhores, jogamos para ganhar. O resultado foi muito injusto para o que fizemos, mas é futebol, futebol é assim. Há momentos em que as coisas não saem, em que a sorte não protege quem arrisca mais, quem jogo com coragem, quem quer ganhar o jogo. No Palmeiras, eu fiquei com a sensação de que o empate servia, mas foram premiados com o gol. Num erro cometido acabamos por levar o gol e perdemos o jogo”.
O treinador questionou de volta quando foi perguntado se faltou intensidade ao time e se seus atletas compraram a ideia de jogo que lhes foi colocada.
“Hoje, o que posso dizer? Que não trabalhou, não quis ganhar, que não pressionou? Não lembro do Palmeiras fazer nada, Palmeiras andou, perdas de tempo, perdas de tempo para levar para o final e acabou sendo premiado. Não consigo encontrar essa sua opinião, perceber onde está a falta de intensidade, se os jogadores estão enquadrados na ideia ou se não estão. Temos que perceber uma coisa. Muitos jogadores vieram novos, outros saíram, não tivemos tempo de trabalhá-los em conjunto, o trabalho foi feito no próprio jogo. Natural que se note às vezes falta de ligação, mas não faço a mínima ideia de onde vêm essa ideia de os jogadores estarem fechados com a forma de jogar. Como nesse país se manda muita coisa para o ar, essa é mais uma”.
Resposta do time
Gabrielle Sena, da IDC, perguntou qual resposta Vítor Pereira espera que o time dê, após essa sequência difícil. Principalmente pelo fato de que o Corinthians precisa reverter outra desvantagem de 2 gols, agora contra o Atlético/GO.
“Qual resposta demos hoje? Temos que dar uma resposta forte, isso que pedi aos jogadores. Uma resposta forte, com coragem, para ganhar. Foi o que fizemos hoje. Só não estou satisfeito com o resultado, de fato o resultado não é satisfatório. Mas o jogo não posso apontar absolutamente nada aos jogadores. É essa resposta que precisamos no próximo jogo para virar o resultado de dois gols contra”.
Dificuldades em balançar as redes
O treinador citou as perdas e lesões de jogadores que influenciaram o desempenho do clube (Maycon, Paulinho, Mantuan e Jô), e que Yuri chegou há pouco tempo e ainda não conseguiu dar liga com o restante do time. No entanto ele citou que os atacantes precisam fazer gols, senão podem ter problemas de confiança.
“Temos que criar situações de gols e fazer gols, não podemos ficar em branco como hoje. Eu acredito que, com a mesma determinação, a mesma coragem que jogamos hoje, essa será sem dúvida a motivação, a força com que devemos encarar o jogo, sabendo que temos que marcar gols e não permitir gol nenhum. Acredito que vamos dar uma boa resposta, sinceramente acredito que vamos dar uma boa resposta. Naturalmente, tem a eliminação da Libertadores, que do ponto anímico deixa sequelas, é uma coisa que nos afeta a todos. Hoje esta derrota é do futebol, muito injusto hoje, o futebol hoje foi muito injusto, mas é o que é”.
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Bola fora
Em certo momento da coletiva, Vítor Pereira foi perguntado se ele tinha medo de perder o emprego por conta da pressão por resultados. Não seria surpresa caso o comandante ficasse incomodado com a pergunta, mas a maneira como ele respondeu foi uma das piores possíveis.
“Você deve estar a brincar comigo, cara. Deve estar a brincar comigo com essa pergunta. Eu, nesta fase da minha vida, da minha carreira, ter medo de perder emprego? Sabe quanto dinheiro eu tenho no banco, amigo? Eu tenho a vida estabilizada, não preciso… Estou aqui no Corinthians, se não for no Corinthians é em outro clube qualquer. E quando eu quiser. Isso sobre sair passa ao lado”.
A declaração não pegou bem na mídia, nem entre os torcedores.