Aí um belo dia eu sonhei!
Sonhei como a geração do meu pai sonhou com o gol inalcançável do Basílio, a geração do meu avô sonhou com os dribles do Luizinho, a geração do meu bisavô sonhava com as tardes de bailado de Servílio, como eu sonhei com a Invasão a Yokohama depois da Libertadores e como meu filho vai herdar esse hábito de sonhar.
Não tive dúvidas. Estamos numa terra prometida, abençoada. No Centro do Universo.
Faltava o sonho. Não que o torcedor já não tivesse a sua casa. A Ponte Grande. O Lenheiro. A tão aconchegante Fazendinha. A boa e Saudosa Maloca. E finalmente a Arena Corinthians.
E por falar em Arena...
Olhei pra Lua. E percebi que ela sempre ilumina a Arena Corinthians. Pode notar: ela sempre vai estar lá. É, meus caros. O Corinthians é pra quem tem fé.
Era ali. Não podia ser outro lugar. Tinha que ser ali. Não era questão de CEP. Era questão de alma.
E assim nasceu um pedacinho do pedacinho de chão da Zona Leste onde erguemos a Identidade Corinthiana. Um lugar onde os diferentes são tão iguais. E o Corinthians se materializa.
Uma casa mais que especial. Feita de tijolo, concreto suor e trabalho. Onde se respira Corinthians.
Aqui se exala amor. Se respira no colorido preto e branco.
E pelo Corinthians, meu amigo. Aí a gente dá a vida.
E é por isso que sonhamos junto a trinta milhões de fiéis amigos.
Assim como todas as gerações um dia concretizaram.
Um dia o Coringão me disse:
-Vivemos de Corinthians! E nós resolvemos levar isso a sério.