Aí um belo dia eu sonhei.
Sonhei como a geração do meu pai sonhou com o gol inalcançável do Basílio, a geração do meu avô sonhou com os dribles do Luizinho, a geração do meu bisavô sonhava com as tardes de bailado de Servílio, como eu sonhei com a Invasão a Yokohama depois da Libertadores e como meu filho vai herdar esse hábito de sonhar. Não tive dúvidas. Estamos numa terra prometida, abençoada. No Centro do Universo. Faltava o sonho. Não que o torcedor já não tivesse a sua casa. A Ponte Grande. O Lenheiro. A tão aconchegante Fazendinha. A boa e Saudosa Maloca. E finalmente a Arena Corinthians. E por falar em Arena…Olhei pra Lua. E percebi que ela sempre ilumina a Arena Corinthians. Pode notar: ela sempre vai estar lá. É, meus caros. O Corinthians é pra quem tem fé.
Era ali. Não podia ser outro lugar. Tem que ser ali. Não era questão de CEP. Era questão de alma. E assim nasceu um pedacinho do pedacinho de chão da Zona Leste onde erguemos a Identidade Corinthiana. Um lugar onde os diferentes são tão iguais. E o Corinthians se materializa. Uma casa mais que especial. Feita de tijolo, concreto suor e trabalho. Onde se respira Corinthians.