A classificação para as oitavas de final da Libertadores não aconteceu como o a torcida corinthiana queria, mas agora é preciso se esforçar para seguir adiante. Durante sua coletiva, Vítor Pereira falou sobre o fato de reencontrar o Boca Juniors, agora numa nova fase do torneio.
O técnico falou que a equipe não deve temer o adversário que vier, pois não é possível garantir que o desafio seria maior, ou menor, se enfrentasse uma equipe menos forte.
“Eu deixei de ligar para o sorteio. Há alguns anos, no Porto, havia 32 equipes no sorteio. A equipe que pegou o Porto foi o Manchester City. A partir dali caiu a ficha que não é possível controlar sorteios. Quem diz que pegando uma equipe mais fraca não seríamos eliminados? E quem diz que pegando uma equipe mais forte não podemos entrar em campo mais alertas e nos classificar?”.
Expulsões na Bombonera
Uma das coisas que o treinador falou, e que é preciso trabalhar a cabeça dos jogadores nesse ponto, é que os argentinos gostam de provocar. Infelizmente o Corinthians parece ter um grande problema com isso, já que muda elenco, muda técnico e até o presidente, e o time continua caindo nesse tipo de provocação.
“Temos que encarar a realidade, saber que lá é difícil, não há dúvida nenhuma, porque o ambiente que se cria naquele estádio não é fácil, os argentinos têm essa particularidade de jogar com o clima do jogo. Vejo outros jogos entre eles e há muito disso, de parar o jogo, ir pra cima do árbitro, confrontar o adversário. Agora sabemos que não posso entrar no campo”.
Vítor Pereira disse ter entrado em campo justamente para evitar que o alvinegro recebesse mais do que um cartão vermelho.
“Se eu não entrasse em campo, não seria uma só expulsão, seriam duas ou três. Eu entrei no campo percebendo claramente que ia ser expulso, mas tinha que intervir naquele momento pra acalmar as coisas. Temos que estar preparados mentalmente pra ir pra lá, porque isso é típico deles. Eles são especialistas nisso, já sabem lidar com essa situação, nós ainda não. Temos que nos preparar”.
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Jogar ao lado da torcida
Dessa vez, o primeiro jogo será na Neo Química Arena e é óbvio que o técnico não deixaria de elogiar a torcida corinthiana. Ele realmente diz sentir que o apoio alvinegro é diferente e muito importante para o Timão.
“Vamos jogar com a nossa torcida também. Quando falo do torcedor do Corinthians, é porque eu sinto de verdade. Se eu não sentir as coisas, eu não falo. Eu falo o que sinto. A torcida é o motor, o coração desse clube. E eu sinto isso. Ficaram tristes no final desse jogo (contra o Always Ready), mas não temos medo de enfrentar qualquer um. Somos Corinthians e vamos trabalhar e lutar”.