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Erika completou 100 jogos pelo Corinthians e falou sobre como foi voltar após sua última lesão

Caíque Guirao

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Após um longo processo de recuperação, Erika conseguiu voltar aos gramados e atuar novamente pelo Corinthians. E mais do que isso: completou 100 jogos com o manto alvinegro.

No entanto o processo foi complicado, e ela falou sobre isso com a Corinthians TV.

Volta por cima

A zagueira falou sobre dar a volta por cima, e citou o apoio que teve.

“Dar a volta por cima é sensacional. É a minha vida. Eu sempre vou dar a volta por cima. Acho que eu aprendi, eu fui orientada assim pela minha família, de não desistir. Eu vou até o final. ‘E se um dia eu desistir, não me deixa não, viu? Não deixa, não. E se um dia eu pensar, não deixa não’. Mas essa música (Volta Por Cima – Jorge Aragão) faz todo o sentido no que eu vivi, no que foi a minha vida. Tudo isso junto com a Fênix, de renascer do nada, quando ninguém espera. Quando acha que eu não aguento mais, que eu não vou conseguir, aí vem a Erikota e VRAU, ressurge”.

Momento da lesão

De acordo com a Braba, ela crê que a lesão aconteceu na sua melhor fase.

“Primeiro que eu achava que eu estava no meu melhor momento. Geralmente é assim. Você sempre se machuca quando parece que você está no seu melhor momento. E a gente estava em um treino, na Libertadores. Nos estávamos fazendo um trabalho de dois para um. Eu era essa um que marcava, espacinho pequenininho. E aí era a Pardal e a Gil para fazer um golzinho contra mim. Super simples o trabalho, comecinho. Não tinha nada de cansaço. Geralmente a gente fala ‘se machuca porque estava cansada’ ou ‘estava no ciclo menstural’, ou algo do tipo, se tinha dor. Não, não tinha nada. Nada nesse joelho, nada. Aí, de repente eu fiz um movimento em que eu tava marcando a Pardal e, quando eu fui, ela tocou a bola para a Gil. Eu fui roubar a bola da Gil, a Gil deu o corte. E aí nunca mais voltei”.

Chateação

Depois de passar por esse tipo de situação por duas vezes, Erika falou da tristeza que foi essa terceira.

“Eu não queria estar passando por aquele momento de novo. Acho que foi uma das piores foi mesmo essa daí. Uma das piores, não. Acho que a pior de todas foi essa daí. A gente acha que sempre é a primeira ali, por tudo o que acontece. ‘Ah, nunca passei’. Mas tirei de letra a primeira. A segunda… agora, essa terceira, foi mais complicada”.

Outra coisa que pegou bastante foi o fato de ter uma recuperação mais lenta e, com isso, compreender melhor a situação atual de seu corpo. A braba precisou de toda uma atenção especial para se recuperar.

Retorno ao gramado

A atleta recebeu alta médica em março de 2024, quando ficou disponível para o técnico Lucas Piccinato.

“Foi muito gostoso passar por isso de novo. Era uma convocação, sabe? Tipo, Tô indo para o jogo! Se ele não for utilizar, tá bom! Tá tudo bem, eu tô no banco, tô lá com vocês, balançando o joelhinho, gritando, torcendo, indo para o aquecimento. Estava feliz para caramba”.

Ao entrar em campo, Erika relembrou a torcida vibrando e gritando seu nome “E que momento! Aí todo mundo gritando, a torcida gritando e falando meu nome. Nossa, que gostoso, cara”.

E no jogo do seu retorno, sua mãe organizou uma homenagem a ela nas arquibancadas, levantando um bandeirão com os dizeres “1% de chance, 99% de fé. A Fênix renasce outra vez”.