Há algumas semanas, ao divulgar o balanço do clube, o Corinthians mostrou ter dívidas com alguns empresários. Uma dessas dívidas foi contraída na contratação de uma das principais peças do elenco na temporada atual: Mateus Vital.
Quando ainda era presidente, Roberto de Andrade pegou dinheiro com empresários como Carlos Leite e Giuliano Bertolucci, fechando negócio com juros acima da média de mercado. O agora dirigente falou sobre o tema:
“Não são necessariamente empréstimos. Entende-se como empréstimo. Vou falar especificamente no caso do Mateus Vital. Esse valor do Carlos Leite foi na aquisição do Mateus Vital, não tínhamos recurso, acabou dele fazendo negócio com o Vasco, e única forma da gente pagar um terceiro fora do futebol é com contrato de multa. Estamos em 2021, mas aquilo foi em 2015, era fatalmente os juros normais de mercado da época”.
A transferência de Vital custou R$ 8,2 milhões na época, com o alvinegro pegando emprestado R$ 4,1 milhões de Carlos Leite. Como os juros foram fechados a 1,94% ao mês, a dívida chegou ao valor de R$ 9,5 milhões. O meia demorou bastante para engrenar no alvinegro e, depois de ser decisivo numa boa sequência de partidas, precisou passar por uma artroscopia. Ele deverá estar de volta em poucas semanas.
A redução da folha salarial foi só o começo do que o Corinthians precisa fazer. É preciso que o clube passe a investir melhor e, quando for negociar seus atletas, que negocie de uma maneira melhor. Tanto em questão de valores, quanto em questão de contrato. A venda de Pedrinho, por exemplo, só causou tanta dor de cabeça por conta da maneira que a diretoria fez o contrato ao negociá-lo com o Benfica. Há muitas coisas para serem mudadas.
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