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Última vez que iniciamos um BRASILEIRÃO sem Mano, Tite ou Carille? 2007!

Bruno Dookie

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Embora haja inúmeros torcedores que não gostem de um dos três, ou da filosofia deles ou de algum deles, apresentamos números o tempo todo, e os números não param de mentir.

E agora ainda vem essa reflexão:

A última vez que iniciamos um Campeonato Brasileiro sem Mano, Tite ou Carille foi em 2007. Sim, o fatídico 2007. Assustou?

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Santíssima trindade!

Pois é. E dá pra ir mais longe.

Adílson assumiu em 2010 após a CBF nos tirar (mais) um técnico. Mano Menezes deixou o time após uma vitória por 3×1 sobre o Guarani, no Pacaembu. Teve volta olímpica e tudo do treinador que foi ovacionado.

Era a décima primeira rodada. Tínhamos 24 pontos. Mano deixava o cargo e também deixava o clube na liderança do campeonato. Adílson herdava uma gordura suficiente pra nem pensar em cair e um trabalho maduro. Rebaixamento era distante. Mano saiu líder e o Corinthians terminou em terceiro. É ainda válido lembrar: Tite assume o time após queda de Adílson na já distante Rodada 30, e por detalhe, quase recupera o título.

Em 2016, Cristóvão assumia após a CBF nos tirar o quarto técnico em menos de 20 anos. Mais um após título nacional. Tite deixava o time no G4, com 16 pontos após 9 rodadas. Não sei pra vocês, mas pra mim, essa gordura foi suficiente para nem cogitar rebaixamento ao longo do campeonato. Além do trabalho do Tite já estruturado na equipe que “durou” por mais algumas rodadas, até prevalecer a “mão” de Cristóvao Borges.

Cristóvão também foi fraco. Ainda nesse campeonato, outra contratação bizarra foi a do técnico Oswaldo de Oliveira. Ídolo do clube, já não fazia um grande trabalho há anos. Oswaldinho chegava sem riscos, e até por isso já era melhor manter Carille desde ali.

Terminamos 2016 com 55 pontos. É possível sim, dizer que o início de Tite foi importante para ter um campeonato regular e sem sustos. Tite largou no G4, e o Timão terminara em sétimo, jogando um futebol fraco, 12 pontos a frente do Internacional, primeiro dos rebaixados.

Em 2018, Carille saiu após 6 rodadas. Deixou o clube com 11 pontos e na terceira colocação. Osmar chegou e foi mal demais. Jair ainda se preocupou com a Copa do Brasil, e perdeu foco no Brasileiro. Mas o time era bem fraco no geral. Acredito que com Osmar do início ao fim, a chance de queda seria gigante. Terminamos o campeonato na décima terceira colocação, com 44 pontos, apenas 2 pontos a frente do primeiro rebaixado. E mais do que a pequena gordura de início, que, vendo a tabela final, pode ter feito diferença outra vez, é possível dizer mais uma vez, que a regularidade no trabalho anterior ainda durou por algumas rodadas. 2010 foi assim. 2016 foi assim e 2018 não foi diferente.

Realidade é que, olhando para cada um dos anos que perdemos a santíssima trindade, já existia um trabalho e uma gordura. Grande em 2010. E menores em 2016 e 2018.

2020 estamos órfãos. Não existe nada. Nem gordura. Nem ideias. Nem um trabalho ou legado deixado. Nem um trabalho pra ser piorado temos, como tínhamos outras épocas. Porque Tiago Nunes não deixou nada para Coelho ou para o próximo treinador. Deixou penas ruínas. Um time sem estrutura, sem confiança, sem pontos.

Daqui a pouco, não dá pra dizer que “ainda é cedo”. E o Corinthians não sabe o que é salvar de rebaixamento desde 2004, quando Tite, ele mesmo, salvava o clube pela primeira vez. Ou desde 2006, quando Émerson Leão, veio pra subir na tabela com um elenco mediano. 2007? Só lutou. E ninguém salvou.

E desde então, clube e torcida não sabe o que é aquele sentimento mais. E tem MUITO torcedor com traumas.

E pior, time grande quando entra nessa dureza é tensão pura. Não tá acostumado a brigar lá embaixo todo ano, não. Nossa realidade tem sido outra. Esse costume de trocar de técnico no susto. De viver no perigo. Flertando ano sim ano não pra fugir do Z4. Não sei se sabemos mais viver assim mais.

Time grande a bola começa querer não entrar mais. É pênalti que vai pra fora. É frango de goleiro. É lesão. É bola que desvia e entra contra. É torcida que não pode ir pro estádio em ano de corona. É tudo.

É preciso abrir o olho. RÁPIDO!!!

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