A queda de Sylvinho já estava desenhada há muito tempo.
Só precisava esperar o momento, e ele chegou após a derrota para o Santos na noite do último dia 02 de fevereiro.
O trabalho, considerado “bom” pela diretoria corinthiana, não andava, não mostrava nenhum traço de evolução.
O time sofria fora de casa contra adversários de todos os níveis.
O que mudava, por exemplo,era o resultado.
Se o adversário é mais forte, vêm derrotas como as de Minas e do Rio de Janeiro e se é mais fraco, até conseguiu vencer, mas na base do sufoco, como a vitória em Santo André.
Em casa vieram vitórias, até bons jogos, como Palmeiras e Santos no Brasileirão e Fortaleza e Cuiabá, também no certame nacional.
Todas atribuídas à força da torcida e nunca ao treinador.
Sylvinho nunca teve momentos de paz duradouros no Corinthians.
Nem quando se tentou emplacar a falácia do “chegou à libertadores quando todos pensavam que cairiamos”
Tudo bem, mas e os reforços que chegaram ?
Além disso, nenhum torcedor corinthiano deixaria de aplaudir Sylvinho se ele tivesse levado o time do começo do campeonato à Libertadores.
Não foi o caso.
Veja mais notícias do Timão:
+ Roberto de Andrade na mira da Fiel
+ Próximo jogo
O último ato de Sylvinho
Era facilmente travado por outros treinadores, que não demoravam a entender o estilo de jogo manjado e sem nenhuma variação tática que o Corinthians apresentava.
Não usava as cinco substituições, improvisava jogadores em todas as posições, tinha convicções que ninguém conseguia entender, como Cantillo (pouco combativo) como primeiro volante, Luan falso 9 no início da passagem, entre outros.
Em seu último ato, descobriu que um nove de origem é muito mais eficiente que o tal falso nove.
Esteja ele bem fisicamente ou muito mal.
Um centroavante de origem sempre será um centroavante de origem e sempre será melhor do que alguém colocado ali para fazer a função sem nunca ter feito antes porque o treinador enfiou na cabeça que a solução era essa.
No entanto, nunca deu certo.
O falso nove sucumbiu junto com Sylvinho.
Sylvinho não conseguiria extrair mais do que já havia extraído.
Mesmo sendo bancado por Roberto de Andrade, o que fez com que o Corinthians perdesse a curta pré-temporada e os primeiros jogos do ano.
Não tinha como Sylvinho fazer mais do que já fazia pelo simples fato de não saber como fazer.
Contudo, a tragédia estava anunciada e o que faltava era apenas conhecer a data.
Não falta mais.