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Sylvinho: Tragédia anunciada

Tiago Zambroni

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A queda de Sylvinho já estava desenhada há muito tempo.

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Só precisava esperar o momento, e ele chegou após a derrota para o Santos na noite do último dia 02 de fevereiro.

O trabalho, considerado “bom” pela diretoria corinthiana, não andava, não mostrava nenhum traço de evolução.

O time sofria fora de casa contra adversários de todos os níveis.

O que mudava, por exemplo,era o resultado.

Se o adversário é mais forte, vêm derrotas como as de Minas e do Rio de Janeiro e se é mais fraco, até conseguiu vencer, mas na base do sufoco, como a vitória em Santo André.

Em casa vieram vitórias, até bons jogos, como Palmeiras e Santos no Brasileirão e Fortaleza e Cuiabá, também no certame nacional.

Todas atribuídas à força da torcida e nunca ao treinador.

Sylvinho nunca teve momentos de paz duradouros no Corinthians.

Nem quando se tentou emplacar a falácia do “chegou à libertadores quando todos pensavam que cairiamos”

Tudo bem, mas e os reforços que chegaram ?

Além disso, nenhum torcedor corinthiano deixaria de aplaudir Sylvinho se ele tivesse levado o time do começo do campeonato à Libertadores.

Não foi o caso.

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O último ato de Sylvinho

Era facilmente travado por outros treinadores, que não demoravam a entender o estilo de jogo manjado e sem nenhuma variação tática que o Corinthians apresentava.

Não usava as cinco substituições, improvisava jogadores em todas as posições, tinha convicções que ninguém conseguia entender, como Cantillo (pouco combativo) como primeiro volante, Luan falso 9 no início da passagem, entre outros.

Em seu último ato, descobriu que um nove de origem é muito mais eficiente que o tal falso nove.

Esteja ele bem fisicamente ou muito mal.

Um centroavante de origem sempre será um centroavante de origem e sempre será melhor do que alguém colocado ali para fazer a função sem nunca ter feito antes porque o treinador enfiou na cabeça que a solução era essa.

No entanto, nunca deu certo.

O falso nove sucumbiu junto com Sylvinho.

Sylvinho não conseguiria extrair mais do que já havia extraído.

Mesmo sendo bancado por Roberto de Andrade, o que fez com que o Corinthians perdesse a curta pré-temporada e os primeiros jogos do ano.

Não tinha como Sylvinho fazer mais do que já fazia pelo simples fato de não saber como fazer.

Contudo, a tragédia estava anunciada e o que faltava era apenas conhecer a data.

Não falta mais.

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