Há 10 anos, o Corinthians estrearia em mais uma Copa Libertadores buscando o título inédito.
Após um 2011 que começou conturbado com a eliminação para o Tolima na pré-libertadores, o time de Tite se reconstruiu após as saídas de Ronaldo e Roberto Carlos, venceu o Campeonato Brasileiro com uma boa dose de dramaticidade, mas encorpou para chegar forte em 12.
E o jogo de estreia estava marcado para o dia 15 de fevereiro, em San Cristóbal, Venezuela.
O estádio Pueblo Nuevo seria o palco daquela partida e o começo dela deixou o torcedor do Corinthians preocupado.
Logo no primeiro lance de ataque dos venezuelanos, Chicão afastou uma bola que bateu no peito de Herrera e foi parar nas redes de Júlio César.
Difícil dizer que as lembranças ruins de outrora não voltaram naquele momento, mas calma.
Tinha muita bola pra rolar.
O Corinthians estava bem na partida, criando e desperdiçando chances.
Sheik, Paulinho, Jorge Henrique, todos eles criavam, criavam e no entanto, paravam no goleiro Rivas.
Pressão e susto na segunda etapa
Veio o segundo tempo e o Alvinegro continuou tentando o empate.
Contudo, como em diversas edições anteriores, a bola teimava em não entrar.
Como se não bastasse tudo isso, o Táchira dispara pela direita, a bola cruza a área corinthiana e encontra Chourio, que marca o segundo gol da equipe amarela.
Segundo depois, o alívio.
Impedimento confirmado por Wilmar Roldán, o árbitro da partida.
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“Vai, vai, vai” e ele foi – Gol do Corinthians
Quando tudo parecia caminhar para uma derrota na estreia, o Corinthians então tem uma última chance
Falta próxima da área pelo lado esquerdo do ataque, Alex ajeita e vai pra bola.
Era “apenas” o último lance da partida.
Antes disso, Ralf olha pra Tite que devolve o olhar e grita: Vai, vai, vai !
Era para o volante entrar na área e tentar o gol.
Logo ele, que não tinha tanta intimidade assim com as redes ?
Quis o destino que a bola alçada pelo camisa 12 fosse parar justamente no moicano de Ralf.
Cabeçada firme que deixou inerte o goleiro venezuelano.
Festa corinthiana, êxtase no banco de reservas, nos lares alvinegros, entre os atletas e o imortal abraço de Tite em Danilo Fernandes.
Terminava assim a primeira página do livro dourado que estava sendo escrito.
Deportivo Táchira 1, Corinthians de Ralf 1