22 de fevereiro de 2017, Neo Química Arena, na época ainda sem o pomposo nome que ganharia três anos depois, era dia de Corinthians e Palmeiras.
O jogo valeria pela quinta rodada do Paulistão daquele ano e trazia o rival cheio de moral pelo título brasileiro e um Corinthians ainda em reconstrução.
No elenco, nomes como Jádson, Rodriguinho, Romero, Kazim, Maycon, Gabriel recém chegado e que jogaria pela primeira vez contra a ex-equipe, Arana ainda tentando se afirmar e no banco, Jô.
Ele, que voltava ao clube de origem após passagens pelo exterior e tentava retomar o melhor da carreira com a camisa que o lançou.
Na arbitragem, Thiago Duarte Peixoto.
Nome novo, cheio de vigor, encararia aquele jogo como uma grande oportunidade em sua curta vida de árbitro naquele momento.
Além disso, no banco, um interino efetivado: Fábio Carille.
O Corinthians chegou para aquele jogo com 3 vitórias em 4 jogos.
No entanto, a única derrota havia sido para o Santo André, dentro de casa.
O Timão, por exemplo, não era favorito, mesmo jogando em sua casa.
O rival foi pra cima, obrigou Cássio a fazer boas defesas, o Corinthians tentava com Rodriguinho e com o jovem Léo Jabá.
Kazim, aposta para a 9 em 17, apareceu apenas quando aplicou lindo chapéu em Felipe Melo.
Contudo, era um clássico normal, dentro da normalidade de um clássico até o minuto 46 do primeiro tempo.
Prazer, Thiago
Keno arranca com a bola, Maycon faz a falta, Gabriel observa o lance, e o árbitro vem correndo, cheio de razão, convicto, tira o amarelo do bolso e…
Aplica para Gabriel, o que consequentemente gera sua expulsão, já que o volante havia recebido o primeiro cartão minutos antes.
No entanto, de nada serviram os apelos dos corinthianos, de nada serviu o alerta do quarto árbitro, flagrado pelas câmeras dizendo “Não foi o Gabriel”.
Revoltado, o volante deixa o campo.
Revoltado fica Keno, ao ser perguntado sobre a sua “malandragem” ao apontar repetidas vezes para Gabriel.
O mal já estava feito.
Corinthians guerreiro, 9 heróis e 1 iluminado
Com a desvantagem numérica, o Corinthians tratou de se defender e tentar apostar nos contra ataques.
O Palmeiras veio pra cima com seu arsenal bancado pela patrocinadora.
Tentou de todas as maneiras o gol.
Parou, por exemplo, em Cássio, Pablo e Balbuena.
Parou na própria incompetência.
Sobe a placa: Sai o 9, entra o 7.
Jô em campo, para dar novo gás e aumentar a estatura na bola parada defensiva.
E o cronômetro marcava 42 minutos do segundo tempo.
A cobrança de falta curta do Palmeiras é cortada pela zaga.
Mas Guerra, uma das estrelas do elenco verde está inteiro na bola.
Só que Maycon vem como uma bala, toma a bola sem falta, olha para Jô, que há dois parágrafos atrás, se encontrava na entrada da área do Corinthians.
Maycon tenta o passe, Zé Roberto corta, mas a bola volta para o camisa 8 e ai sim a bola chega em Jô.
A calma de quem rodou o mundo, esteve em Copas e ganhou títulos importantes pela carreira pesou naquele momento.
Fernando Prass nada pode fazer.
Por fim, a fiel explodia, mas Jô pedia calma.
Calma nada.
Bola na rede.
Contra tudo e todos !
Corinthians 1, Palmeiras 0.
O que veio dali para frente foi história.
E quem viveu, ama contar !
Veja mais notícias do timão:
+ Sequência de série A no caminho do Corinthians
+ Próximo jogo