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Há 5 anos: O derby que mudou o ano do Corinthians

Tiago Zambroni

22 de fevereiro de 2017, Neo Química Arena, na época ainda sem o pomposo nome que ganharia três anos depois, era dia de Corinthians e Palmeiras.

Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians
Foto: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

O jogo valeria pela quinta rodada do Paulistão daquele ano e trazia o rival cheio de moral pelo título brasileiro e um Corinthians ainda em reconstrução.

No elenco, nomes como Jádson, Rodriguinho, Romero, Kazim, Maycon, Gabriel recém chegado e que jogaria pela primeira vez contra a ex-equipe, Arana ainda tentando se afirmar e no banco, Jô.

Ele, que voltava ao clube de origem após passagens pelo exterior e tentava retomar o melhor da carreira com a camisa que o lançou.

Na arbitragem, Thiago Duarte Peixoto.

Nome novo, cheio de vigor, encararia aquele jogo como uma grande oportunidade em sua curta vida de árbitro naquele momento.

Além disso, no banco, um interino efetivado: Fábio Carille.

O Corinthians chegou para aquele jogo com 3 vitórias em 4 jogos.

No entanto, a única derrota havia sido para o Santo André, dentro de casa.

O Timão, por exemplo, não era favorito, mesmo jogando em sua casa.

O rival foi pra cima, obrigou Cássio a fazer boas defesas, o Corinthians tentava com Rodriguinho e com o jovem Léo Jabá.

Kazim, aposta para a 9 em 17, apareceu apenas quando aplicou lindo chapéu em Felipe Melo.

Contudo, era um clássico normal, dentro da normalidade de um clássico até o minuto 46 do primeiro tempo.

Prazer, Thiago

Keno arranca com a bola, Maycon faz a falta, Gabriel observa o lance, e o árbitro vem correndo, cheio de razão, convicto, tira o amarelo do bolso e…

Aplica para Gabriel, o que consequentemente gera sua expulsão, já que o volante havia recebido o primeiro cartão minutos antes.

No entanto, de nada serviram os apelos dos corinthianos, de nada serviu o alerta do quarto árbitro, flagrado pelas câmeras dizendo “Não foi o Gabriel”.

Revoltado, o volante deixa o campo.

Revoltado fica Keno, ao ser perguntado sobre a sua “malandragem” ao apontar repetidas vezes para Gabriel.

O mal já estava feito.

Corinthians guerreiro, 9 heróis e 1 iluminado

Com a desvantagem numérica, o Corinthians tratou de se defender e tentar apostar nos contra ataques.

O Palmeiras veio pra cima com seu arsenal bancado pela patrocinadora.

Tentou de todas as maneiras o gol.

Parou, por exemplo, em Cássio, Pablo e Balbuena.

Parou na própria incompetência.

Sobe a placa: Sai o 9, entra o 7.

Jô em campo, para dar novo gás e aumentar a estatura na bola parada defensiva.

E o cronômetro marcava 42 minutos do segundo tempo.

A cobrança de falta curta do Palmeiras é cortada pela zaga.

Mas Guerra, uma das estrelas do elenco verde está inteiro na bola.

Só que Maycon vem como uma bala, toma a bola sem falta, olha para Jô, que há dois parágrafos atrás, se encontrava na entrada da área do Corinthians.

Maycon tenta o passe, Zé Roberto corta, mas a bola volta para o camisa 8 e ai sim a bola chega em Jô.

A calma de quem rodou o mundo, esteve em Copas e ganhou títulos importantes pela carreira pesou naquele momento.

Fernando Prass nada pode fazer.

Por fim, a fiel explodia, mas Jô pedia calma.

Calma nada.

Bola na rede.

Contra tudo e todos !

Corinthians 1, Palmeiras 0.

O que veio dali para frente foi história.

E quem viveu, ama contar !

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