Não tinha como não lamentar a eliminação em um campeonato tão importante como a Libertadores mas, mesmo com a derrota, Vítor Pereira encontrou razões para elogiar sua equipe.
O técnico pontuou que, pelo menos até antes do gol, o Corinthians fazia uma partida bastante decente.
“O jogo foi competitivo, discutimos metro a metro, olhos nos olhos até o gol deles. Fizemos um bom jogo, pressionamos de forma organizada, ligando corredores, criamos problemas, faltou definição no último terço. Isso até o gol”.
Na visão do português, a eliminação começou a ser definida ainda na Neo Química Arena. E a situação ficou mais complicada após a expulsão de Bruno Méndez, pois não havia nem tempo, nem condições físicas de se buscar reverter a desvantagem.
“Onde a eliminatória se resolveu foi na segunda parte no nosso estádio. Depois do gol e da expulsão, evidentemente, seria quase impossível reverter a situação. Aqui uma mão na bola deu expulsão, em nossa casa tivemos no primeiro gol deles mão na bola e não deu nada, deu gol contra nós. O que quero realçar é que fizemos, na minha opinião – e eu respeito a opinião de toda a gente – no nosso melhor período, na segunda parte, sofremos o gol. Eles definiram, fizeram o gol, e aí sim nos desorganizamos”.
Corinthians na Libertadores
O treinador não ficou muito confortável ao ser questionado sobre a quantidade de gols no torneio (apenas 5, em 9 partidas), portanto preferiu ressaltar que a equipe não chegava às quartas há bastante tempo.
“Há quanto tempo o Corinthians não chegava nessa fase? Quantos jogadores o Corinthians teve fora nessa Libertadores? Dez jogadores. Chegou até aqui, foi eliminado por quem? Pelo Flamengo. Que tem um elenco…”.
Escalação diferente
Vítor Pereira escalou a equipe de uma maneira diferente do que a maioria das pessoas esparava, pois queria deixar o confronto vivo o maior tempo possível.
“Penso em apresentar uma equipe equilibrada. Chegar aqui ao Flamengo e levar gol cedo acabaria com a eliminatória. Nós competimos até o gol, de forma equilibrada, coletiva, organizada, portanto, todas as decisões que tomei hoje não foram gestão física, foram técnica, tática e física também. A escalação e substituições tiveram critério por trás, não só físico, mas também tático e técnico”.
Yuri Alberto e Róger Guedes
Como a equipe que tem sérias dificuldades para chegar ao gol, parece intuitivo pedir que ambos os atacantes sejam escalados juntos. No entanto o técnico ainda parece ter muitas ressalvas sobre isso, mesmo que pareça ser a melhor opção no momento.
“Tem que encontrar equilíbrio. Se os dois me derem o equilíbrio que pretendo, há jogos que podem jogar juntos, mas há jogos que não sinto a equipe equilibrada com os dois”.
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Trabalho no alvinegro
Vítor Pereira finalizou falando sobre o seu trabalho no comando da equipe, e o que sentiu ao ver a atuação de seus jogadores no Maracanã.
“Nosso trabalho é competente, rigoroso. Se temos que fazer gestão é porque sentimos que o jogador não está em condição de estar em seu melhor nível no jogo. Estou orgulhoso do que minha equipe fez, estrategicamente bem trabalhado até o gol deles. Depois do gol há uma quebra, uma determinada desorganização. Até aí estávamos a provocar erros no Flamengo”.