Apesar da boa partida na Neo Química Arena, o Corinthians não conseguiu sair do empate contra o Flamengo. Mas o que mais chamou atenção foi o nervosismo de Vítor Pereira em relação à arbitragem.
Ao chegar na coletiva, o técnico estava até com os nomes dos árbitros para poder citá-los enquanto falava sobre os erros que podem ter interferido no resultado final da partida. Além de uma possível expulsão de João Gomes por um segundo cartão amarelo, o lance que mais despertou a ira do português foi o pênalti claro envolvendo Léo Pereira.
“Foi pênalti? Vou falar o que achei do jogo. O jogo foi equilibrado, momentos em que estivemos por cima, momentos em que o Flamengo esteve por cima. Equipes que se respeitaram. Eles com argumentos deles, nós com nossos argumentos”.
Comentando os dois lances
O treinador geralmente prefere não reclamar da arbitragem, mas disse que não conseguia entender a atuação dos árbitros nestes pontos:
“Raramente falo de arbitragem, mas o que não consigo entender é que primeiro: o senhor Bráulio da Silva Machado não conseguiu ver o segundo amarelo para o João Gomes, mas o Dorival Júnior viu, tanto que logo em seguida o tirou. Segundo: o seu Rodrigo D’Alonso Ferreira não conseguiu ver no VAR, lá em cima, com toda a tecnologia disponível, que a bola bate no braço, que ele não está ao longo do corpo, que está em volumetria, que impede que a bola chegue no Giuliano. Ele não conseguiu ver isso, nem teve dúvida, nem chamou para a análise. Isso que acho estranho e não consigo entender”.
E ele ainda completou dizendo que era honesto em dizer que esses dois erros prejudicaram o clube.
Técnico falou bastante sobre o tema
Vítor Pereira ressaltou que quem saiu lesado foram os milhões de torcedores, além do clube. E insistiu em dizer que não quer que esqueçam o lance durante a semana, pois é importante que destaquem erros assim em uma final.
“Para mim, nessas duas decisões, saíram lesados mais de 30 milhões de corintianos, isso é que é preciso estar atento. É preciso falar disso, não falar de flores. Até o segundo jogo, não quero que se fale de flores, quero que se fale disso, não é para se esconder. Não sei por que, não faço ideia, estou aqui a dar minha opinião. Um segundo amarelo tem que ser cartão vermelho para João Gomes, que nos colocaria em vantagem em termos numéricos. E um pênalti em que o senhor Rodrigo D’Alonso nem chama o árbitro. Isso me deixa intrigado e eu tenho que falar. Quando tenho que falar, eu falo. Isso, para mim, foram dois erros claros numa final”.
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VAR deveria ter chamado
O técnico destacou que sua intenção não é querer dizer que os erros foram intencionais, mas sim que achou estranha a situação de o VAR sequer ter dito para conferir o lance da penalidade.
“Erros da arbitragem não são só no Brasil, há erros de arbitragem no meu país, há erros de arbitragem em todo o lado. Agora, que são erros de arbitragem que podem decidir uma final. O que eu estranho mais é, de fato, um VAR ou quem é responsável pelo VAR não ter dúvidas nenhuma e não chamar o árbitro para analisar a situação. Não foi pênalti na visão dele, mas na minha foi e na visão de muita gente. Não foi marcado, mas foi pênalti. Dois erros. O segundo amarelo no João Gomes é claro. E o Dorival também viu isso, senão não teria tirado ele logo a seguir. Não estou aqui a dizer que são erros intencionais, essa não é minha luta, as pessoas que analisem e que falem. Eu só estou a dizer que são dois erros claros”.