O Corinthians enfrentou o Internacional na noite do último sábado (05), na Neo Química Arena. Ramón Díaz lamentou o empate e reclamou do erro do árbitro no lance que resultou no segundo gol dos visitantes.
Apesar disso, o técnico afirmou que a equipe fez um bom jogo e que merecia ter saído com a vitória.
Equipe teve um bom desempenho
O treinador destacou o esforço dos jogadores, e ressaltou que poderiam ter feito o terceiro gol.
“Me parece que jogamos um jogo muito bom, criamos muitas situações, especialmente nos segundo tempo. Corrigimos erros no segundo tempo e superamos o rival praticamente os 45 minutos. Fizemos um gol que anularam, tivemos outra situações, com Garro, Yuri, e poderíamos ter feito 3 a 1, e por destino do futebol não se pôde concretizar. A sensação é que me dá é que a equipe teve uma entrega incrível”.
Ramón Díaz ficou na bronca com o lance que originou o gol do empate
Aos 48 minutos Raniele disputou uma bola no campo de defesa e, após o carrinho, a bola bateu no adversário e saiu. No entanto a arbitragem assinalou escanteio em vez de um tiro de meta. O segundo gol gaúcho saiu a partir daí.
“Não foi um erro dos jogadores, foi um erro do bandeira. Não era escanteio e ele deixou seguir. E ele sabe que não era escanteio, e dessa vez veio o gol. Fico frustrado porque merecíamos a vitória, fomos superiores. Eles pressionaram, foram competitivos no primeiro tempo, não criaram tantas situações, mas nós sim. Creio que o time está melhorando muito, vamos brigar até o final, mas dependemos de nós, precisamos ganhar. O time fez um esforço enorme, os jogadores estão dando tudo para sair desta situação”.
Nada de medo
O comandante reforçou que não tem medo de enfrentar o desafio que é recuperar o Corinthians nessa situação.
“Se o treinador tem medo de perder, não tem que dirigir, tampouco pode ganhar. Em tua vida não vai conseguir nada se não tiver coragem ou determinação. Nós somos um corpo técnico que gosta os desafios, vamos sair desta situação, e medo não conheço no futebol. Não tive como jogador, menos ainda como treinador, ainda mais pelo potencial que temos. Teremos duas semanas para recuperar forças para a reta final. Nunca ter medo, amigo, para qualquer coisa que se faz”.
Emiliano também negou que a comissão teve medo no final da partida.
“Ninguém falou que será fácil. Fomos muito superiores, Ramón falou o que aconteceu na última jogada. Tivemos que fazer toca por câimbra. Vamos ter que lutar até o fim. Ninguém prometeu nada. A gente vai sair desta situação, não tenho dívida, porque o time joga bem. Seguimos acreditando no grupo e vamos sair. Ver o time trabalhar, o dia a dia, o desempenho em campo… Se o desempenho fosse ruim, ficaríamos preocupados”.
Por que as substituições?
O auxiliar apontou que precisou fazer algumas trocas porque os jogadores estavam sofrendo com câimbras, além do cartão amarelo de Matheus Bidu.
“Foi aos 43 minutos, porque o volante estava com câimbra, Bidu com cartão, tivemos que fazer. É normal, mas não criaram uma situação de gol. Quando empatam dão lugar a que pense que recuamos, mas não influenciou, não tiveram nenhuma situação. Empataram em um escanteio que não foi. Não influenciou em nada as trocas. Quando erramos, falamos, como erramos no jogo com o Flamengo”.
Desempenho de Memphis e a melhora do ataque
O holandês teve sua primeira chance como titular da equipe e foi muito bem. Cruzou para o primeiro gol de Yuri Alberto, e também deu a assistência para o segundo – que infelizmente foi anulado por impedimento.
“Gostei muito, está tendo um crescimento incrível. É um jogador respeitável e importante. Agora teremos duas semanas para tê-lo 100%, ele e a equipe, mentalmente e fisicamente. Temos coisas importantes a jogar e vamos lutar por tudo no limite da nossa capacidade”.
Emiliano Díaz ressaltou a disputa por posição no ataque, e que isso tem mostrado um efeito positivo nos atletas.
“Temos o Talles também. É uma dor de cabeça linda, estamos em um clube grande e o crescimento do ataque foi por isso, sabem que não podem relaxar porque tem uma briga interna boa. Quem estiver melhor vai jogar. Estamos fazendo muitos gols. Estamos convertendo, falta caprichar mais para fechar os jogos. Time grande tem que ter essas opções, estão brigando para jogar”.
Entrada de Carrillo
O peruano foi bem contra o Flamengo, e isso acabou o credenciando para ser escalado como titular neste último embate contra o Internacional. O auxiliar não poupou elogios para o esforço do camisa 19.
“Trabalhamos dois anos com o Carrillo, e pode fazer todas as perfeições com perfeição. É um dos melhores meio-campistas da América do Sul, pode jogar por dentro ou por fora. Nos dá tranquilidade. Escolhemos a ele, acreditamos ele, é um jogador de seleção e Copa do Mundo. A carreira dele fala por si só. Gostamos tanto de interno quanto como meia aberto, pode jogar nas duas. Ele vem crescendo, não é fácil se adaptar”.