O Corinthians goleou o Internacional por 4 a 1 e conquistou o tetracampeonato brasileiro, com direito a recorde de torcedores, lindos gols e um mosaico só delas.
Mas, titulo à parte, a biritas é de todas as mulheres que lutaram para que um dia fosse possível o futebol feminino colocar 41.070 torcedores no estádio.
Antes de mais nada, a vitória em campo é das Brabas, porém fora dele, é de Roseli, Pretinha, Márcia Taffarel, Márcia Honório, Rosa, Sissi, Fanta, Elane e Tania Maranhão.
É de Milene Domingues, de Kátia Cilene, de Michael Jackson, Meg e Cristiane.
De Maurine, Rainha Marta, Tamires, Mai Mai, Gabi Zanotti, Bia Zanerato, Kemeli, Kati, da eterna Formiga, delas todas.
Ou seja, a vitória é do Corinthians e também do Internacional.
É das mulheres que lutaram contra o machismo, a falta de incentivo, a falta de crença que um dia daria certo.
Daquelas que foram para Atlanta desacreditadas e voltaram com um quarto lugar olímpico.
A vitória é delas, das craques brasileiras, mulheres brasileiras, mães brasileiras, guerreiras
Difícil não lembrar do espetáculo da Neo Química Arena e não exaltá-las.
Difícil não lembrar de Cris Gambaré, que luta com unhas e dentes pelo futebol feminino.
Não dá para esquecer daquelas que se foram, como as goleiras Simone e Lica, e que do céu assistem orgulhosas de terem sido pioneiras num universo machista.
A elas, todas elas, a vitória é delas.
odos sabem que o time do Corinthians é conhecido como “As Brabas”, mas hoje a licença poética permite chamar todas as lutadoras do futebol feminino dessa maneira.
Que daqui para frente, por exemplo, o ocorrido desse dia 24/09 seja apenas mais um dia de estádios lotados para vê-las jogar.
Veja mais sobre o Timão:
+ Vítor Pereira e comissão acompanham decisão do Brasileirão Feminino
+ Corinthians trabalha forte nesta sexta