Ontem, o Corinthians Feminino estreou a camisa Roxa escura vencendo o Palmeiras por 3 a 1 e se tornando Tricampeão Brasileiro Feminino. Nos próximos dias, os comandados de Sylvinho também usarão a camisa. Mas existe um motivo bastante atrelado com a história do clube pela escolha da cor e da tonalidade.
No ano de 1857, mulheres trabalhadoras inglesas foram assassinadas no dia 8 de Março, e existe uma versão da história que conta que as mulheres estavam tingindo e tecendo fios justamente na tonalidade da camisa no momento do acontecimento. Assim, anos depois, após outros acontecimentos, nascia o Dia Internacional da Mulher e a cor da luta feminina na Revolução através das Sufragistas, que reivindicavam direitos das mulheres no decorrer do tempo.
Como a cor vermelha estava atrelada a outros movimentos políticos do socialismo e comunismo, o Roxo virou a cor símbolo da retomada do feminismo no mundo partindo das Sufragistas. Dessa forma, o movimento ganhou força nos anos 10, nos Estados Unidos, e nos anos 60 com a retomada do Feminismo ficou mais forte. Em 1980, a cor (Roxo/Lilás) foi oficializada como símbolo pelos Direitos das Mulheres em Passeatas e greves.
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E hoje, o Roxo é imortalizado em uma camisa de um clube de origem operária, anarquista e libertária, como o Corinthians.
Por fim, vale lembrar que o primeiro CP bordado numa camisa do Corinthians foi feito por uma mulher, Antônia Perrone, esposa de Raphael Perrone, um dos fundadores. Antônio Pereira, parceiro de Perrone na fundação do Corinthians era membro do partido anarquista. Ontem, mais um laço com a história operária da origem do clube se deu. Respeita as Minas!