Recuperando seu bom futebol nos últimos meses, Fábio Santos conversou com o Globo Esporte nesta sexta. Durante o papo falou sobre diversos assuntos que estão em alta no Timão.
Oitavas da Libertadores
Como o Corinthians ficou em segundo lugar no grupo, não tinha muito o que reclamar sobre os próximos adversários da equipe. Mas o lateral deixou clara a sua preferência.
“Eu também não gostaria de pegar nenhum brasileiro no momento. E o Boca é um adversário histórico para nós, nos faz lembrar de todo o 2012. Já foi bacana na fase de grupos”.
O atual camisa 26 reiterou que o alvinegro respeita o Boca Juniors, mas sabe que os argentinos também correspondem a esse sentimento.
“Não tinha muito para onde correr depois de terminar em segundo lugar. Temos que encarar isso sabendo que deixamos a desejar na última rodada. Agora é enfrentar esse Boca. Da mesma maneira que respeitamos eles, tenho certeza que o Boca respeita demais o Corinthians também”.
Róger Guedes e Vítor Pereira
Não é novidade para ninguém que a relação entre o atacante e o técnico não é das mais tranquilas, no entanto Fábio Santos diz que “seu filho adotivo” não tem causado tantos problemas.
“Esse é meu filho adotivo (risos). Já me deu mais trabalho, hoje não está dando muito, não. Ele era muito novo antes. Mas problema em si, eu encaro com naturalidade, nunca deixo maior do que realmente é”.
O lateral minimizou a ocasião em que Róger mal cumprimentou o técnico ao final de uma partida e disse que às vezes ele mesmo têm seus altos e baixos.
“É o que eu falo. Se ele não quisesse ter abraçado o Vítor, é do jogo. No outro dia nos falamos e vamos embora. Ninguém é máquina. Você sai puto de um jogo porque jogou mal ou o treinador te tirou, e é obrigado a abraçar todo mundo? Têm vezes que brigo com minha mulher e chego em casa sem dar boa noite”.
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Ameaças a companheiros
As redes sociais permitiram um contato mais próximo entre a torcida e os jogadores, entretanto nem sempre isso é positivo. Muita gente se deixa levar pelo calor da emoção, portanto é muito fácil criar um ambiente bastante negativo para quem lê as mensagens após uma partida ruim. Fábio Santos falou sobre como lida com essa situação.
“É um assunto delicado. Em 2003 não existia esse tipo de coisa, então para eu aceitar isso é mais fácil. Dificilmente mexo em rede social quando perde. E é o que eu falo para os meninos. Não acreditem em tudo que você lê, você não é tão bom assim e você não é tão ruim assim. Tentar evitar ao máximo isso”.
Reforçando que a situação não vem sendo das melhores, o lateral elogiou a coragem de Cássio e Willian ao denunciarem ameaças à polícia.
“Mas não podemos achar normal e aceitar esse tipo de ameaça. Eu vi a atitude do Willian, do Cássio, corajosa, para ver se conseguimos acabar por uma vez por todas com esse tipo de cobrança. Esse caminho que estamos seguindo não é bacana, não. Estamos nos aproximando de uma tragédia, e não é o que queremos que aconteça”.
Além de ser uma infração à lei, as pessoas precisam entender que ameaças podem causar outro tipo de problema. Se elas passam a ser constantes, outros jogadores podem não se sentir atraídos a vir para um clube onde a segurança dele, e de seus familiares, pode estar em risco. Cobrar quem não está rendendo, se dentro de um limite saudável, faz parte do jogo. No entanto é preciso ter cuidado para não extrapolá-los.