14 de março de 2012, o Corinthians de Chicão e companhia voltava a campo para a terceira rodada da Copa Libertadores da América, diante do Cruz Azul, do México.
O difícil adversário era líder do grupo até então e jogar por lá não trazia boas recordações ao torcedor do Alvinegro.
Em 2003, também no Estádio Azul, o Timão saiu derrotado por 3 a 0 pela Libertadores daquele ano.
Dessa vez, o Corinthians vinha mais forte, mais preparado para aquele confronto, com um time mais experiente e com Tite vivendo grande momento à frente da equipe.
Além disso, vinha de vitória convincente diante do Nacional do Paraguai e de um empate heroico na Venezuela, com direito a gol no último lance de Ralf.
Primeiro tempo
O jogo começa e logo de cara já dava para perceber que o Corinthians não tinha ido ao México apenas para se defender.
Aos 5 minutos, Ralf arranca pela esquerda e serve Liedson que ajeita para finalização de Alex à esquerda do gol do bom goleiro Corona.
Depois foi a vez de Paulinho, por exemplo, arriscar de fora da área, sem maior perigo.
Apenas aos 20 minutos que o time da casa assustou em cruzamento do brasileiro Maranhão, que na época havia deixado o Bahia para se aventurar na América do Norte.
O mesmo Maranhão que sete minutos depois invadiu a área e parou em Júlio César.
Nesse sentido, o jogo era lá e cá e o Cruz Azul arriscava de longe com Villa. Júlio ia fazendo a sua parte.
Mas, aos 42, em lance curioso, Fábio Santos avançou pela esquerda e cruzou para a área, Domínguez desvia (e se machuca) contra o próprio gol.
A bola ia passando por entre as pernas de Corona que faz malabarismo e evita o que seria o primeiro gol do Corinthians na partida.
Final de primeiro e o placar não se movimentou.
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Segundo tempo
O Cruz Azul voltou em cima e tentava por cima, por baixo, mas sem sucesso.
O Corinthians chegou aos 10 minutos, quando Fábio cruzou pela esquerda, Liedson tentou o gol mas a bola subiu e ai sobrou improviso para o camisa 9 cruzar de bicicleta e Paulinho jogar a melhor chance corinthiana por cima do gol.
Apenas três minutos depois e Alex bancava o pivô para Paulinho bancar Alex e bater com qualidade, no entanto, à esquerda de Corona.
Aos 29 minutos, escanteio para os mexicanos e a bola ajeitada no segundo pau vai parar em Flores, que bate de primeira e a bola passa rente à trave de Júlio.
Chicão salva o Corinthians
O jogo caminhava para o 0 a 0, o relógio marcava 45 minutos do segundo tempo, quando Maranhão desceu pela esquerda do ataque do Cruz Azul.
Na área estava Omar Bravo, o experiente atacante adversário.
Bravo, de passagem marcante pela seleção do México, jogador de Copa do Mundo e ídolo máximo da torcida azul.
O cruzamento do brasileiro encontrou o artilheiro nas costas de Fábio Santos e a cabeçada foi como manda o manual.
Para baixo, no chão e Júlio César nada pode fazer.
Júlio não, Chicão sim.
O capitão alvinegro se esticou todo e em cima da linha evitou o que fatalmente seria o gol da vitória adversária.
Cléber Machado, narrador do Grupo Globo e que narrou a partida, se referiu ao lance como “defesa de Chicão”.
Ainda houve uma última chance do Corinthians após tabela entre Alex e Paulinho, que avançou e bateu para boa defesa de Corona, mas o placar estava decidido.
Por fim, graças a Chicão, o Timão seguia invicto e na semana seguinte, enfrentaria o mesmo Cruz Azul, entretando, agora teria a força da Fiel Torcida ao seu lado.